Sessão da Câmara de Porto Alegre sobre passaporte da vacina termina em confusão

Manifestantes contra o uso do comprovante de imunidade na cidade agrediram vereadores e usaram cartazes com suásticas nazistas

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2021 06h29 - Atualizado em 21/10/2021 12h58
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Câmara Municipal de Porto Alegre Câmara de Porto Alegre Movimentação no plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre na última quarta-feira, 20

Na última quarta-feira, 20, uma sessão da Câmara de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sobre passaporte da vacina terminou em confusão. Os parlamentares discutiam o veto da prefeitura à exigência do uso do comprovante de imunidade para a Covid-19 na cidade. Entre as justificativas do executivo estava a dificuldade de fiscalizar o cumprimento da medida. O vereador Claudio Janta (Solidariedade) discursava em favor do passaporte enquanto manifestantes reagiam. “Tem um burro falando, e eu espero que os ignorantes fiquem quieto e escutem, para ver se alguma coisinha entra na cabeça de vocês”, disse o parlamentar. Na sequência, a vereadora Laura Sito (PT) avisou no microfone que havia manifestantes com cartazes com referencias nazistas. E o presidente da Casa, Idenir Cecchim ordenou que fossem retirados do local. “Nós temos mais um cidadão com um cartaz com uma suástica e ele está se recusando a se retirar. Relembro que isso é crime e é inaceitável”, disse a vereadora. Após o pedido do presidente, começa uma briga. As imagens mostram trocas de socos e empurrões. O vereador Pedro Ruas (PSOL) acusa manifestantes de agredir vereadores. Alexandre Bobadra (PSL) rouba o microfone do colega para falar o contrário, e o clima fica mais tenso no plenário. Na confusão, uma manifestante contra o passaporte chamou as vereadoras Bruna Rodrigues, Daiana Santos e Laura Sito, que são negras, de “lixo” e de “empregadas”. Os manifestantes foram retirados da Câmara Municipal de Porto Alegre pela guarda municipal. Após a briga, a sessão foi retomada e o veto ao passaporte da vacina foi mantido. Em nota, a Câmara repudiou a briga, disse que o legislativo rejeita qualquer forma de intimidação contra os vereadores e repreendeu a apologia ao nazismo.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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