Setor de aviação executiva vê demanda crescer e recuperação com volta de feira de jatos em SP

Depois de dois anos sem ser realizado, o evento voltou a reunir expositores, fabricantes, fornecedores, visitantes e compradores

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2022 11h09
Reprodução/Jovem Pan News aviao-lebace-feira-aviacao-executiva-jatinho A 17ª edição da Labace voltou a trazer novidades e reunir empresários do setor de aviação depois de ser interrompida por dois anos por causa da pandemia

A Labace, maior feira de aviação da América Latina, interrompida durante a pandemia, voltou a São Paulo. Depois de dois anos sem ser realizado, a 17ª edição do evento voltou a reunir expositores, fabricantes, fornecedores, visitantes e, principalmente, compradores dispostos a pagar dezenas de milhões de dólares por um avião ou um helicóptero. “O Brasil sempre foi um mercado muito promissor para a aviação executiva. E com todos os represamentos só dá sucesso na feira”, avaliou Marcio Jupei, editor da revista High, especializada no setor, em entrevista à Jovem Pan News. Para o diretor comercial da maior importadora de aeronaves do Brasil, Juliano Lefèvre, o setor nunca esteve tão aquecido: “A gente está revivendo um passado longínquo e que realmente veio pra ficar”. Uma das grandes novidades apresentada pela primeira vez na LABACE foi o Turboélice King Air 360. “Para o Brasil, com 5.500 municípios, é uma aeronave que dá acesso aos nossos empresários que querem viajar o Brasil a fora e fazer várias reuniões em um dia”, comentou Marcelo Moreira, da TAM Aviação Executiva.

O setor de aviação executiva tem registrado recordes inéditos no Brasil e já faltam aeronaves no mercado. Até pouco tempo atrás os chamados “jatinhos” eram considerados apenas um item de luxo pouco acessível. Hoje, a expressão está em desuso porque possuir um avião ou helicóptero virou ferramenta de trabalho e aumenta a produtividade e eficiência das empresas que precisam deslocar executivos e gestores rapidamente por vários estados sem depender da aviação comercial. Produtores agrícolas e mineradores também conseguem, a partir de agora, comprar um avião ou um helicóptero utilizando parte da produção como pagamento. “Uma solução extremamente criativa onde o produtor consegue precificar exatamente o custo, tornando mais viável a aquisição de sua aeronave”, declarou Phelipe Figueiredo, da Timbro Comércio Exterior. Outra novidade da feira é o primeiro combustível sustentável da aviação, o SAF, resultado do investimento de R$ 2 bilhões para o desenvolvimento do produto. Gerado a partir do óleo de palma, ele substitui o combustível convencional em qualquer tipo de aeronave.

*Com informações do repórter Luciano Garcia

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