Jovem Pan
Publicidade

Setor de eventos vê ‘temor desnecessário’ na retomada de medidas restritivas em São Paulo

João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo

Em meio à alta de novos casos de Covid-19, o governo de São Paulo recomenda que os municípios retomem algumas medidas restritivas. A decisão repercute no setor de eventos. O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC), Márcio Guerreiro, relata que, após o anúncio, clientes já estão desmarcando eventos. Ele avalia que foi criado um ‘temor desnecessário’ e ressalta que as empresas têm condições de realizar feiras, cerimônias e festas com segurança. “Tem alguns clientes, sim, que estão cancelando o evento. Tem alguns que a gente ainda está conversando, que os eventos estão programados para serem presenciais, e estão ligando, marcando novas reuniões para discutir: ou híbrido, ou presencial ou só digital. Criou-se a dúvida, hoje, na cabeça desse cliente. Mas a gente reforça sempre os protocolos”, afirma.

Publicidade
Publicidade

Frente ao aumento de casos de Covid-19 e internações, o governo de São Paulo adotou a recomendação feita pelo comitê científico do Estado para reduzir a capacidade de público em 30% para shows, eventos e atividades esportivas. A ocupação máxima passa a ser de 70%. O coordenador do comitê, João Gabbardo, ressaltou ainda a necessidade de seguir os protocolos. “Todos os eventos, shows e atividades esportivas devem exigir o comprovante da vacinação completa, se possível teste PCR, e recomendamos para as prefeituras que reduzam a ocupação desses eventos”, disse. Para os shows e eventos culturais, a redução de 30% na capacidade de público é uma recomendação do governo do Estado, e as prefeituras terão autonomia nas suas decisões. Já no caso das atividades esportivas, dos jogos de futebol, é uma determinação do governo e já passa a valer no dia 23 de janeiro, quando começa o Campeonato Paulista.

Segundo o infectologista Marcos Boulos, medidas para frear o contágio nesse momento que a variante Ômicron cresce têm um reflexo importante no sistema de saúde. “Mesmo que não tenha um aumento na UTI, como foi feito no ano passado, mas só de demanda hospitalar ser aumentada já fragiliza muito a assistência hospitalar e até para outras doenças, que vão deixar de ser assistidas pela demanda enorme que nós estamos tendo de Covid e da Influenza”, pontua. A média diária de novas internações no Estado de São Paulo cresceu 30% na última semana.

*Com informações da repórter Carolina Abelin 

Publicidade
Publicidade