Subprocuradores defendem ações para ‘refrear atentados’ contra a democracia

Em manifesto, cerca de 30 integrantes do Ministério Público Federal repudiam as falas do presidente Jair Bolsonaro nos atos do 7 de setembro

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2021 06h27 - Atualizado em 10/09/2021 09h56
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 27/07/2021 De traje social e máscara, presidente Jair Bolsonaro tem olhar perdido enquanto duas pessoas fazer cumprimento com as mãos à sua frente Subprocuradores e subprocuradores-gerais da República pedem a responsabilização de Bolsonaro pelo órgão de controle

Subprocuradores assinaram um manifesto contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Cerca de 30 integrantes do Ministério Público Federal repudiam as falas do chefe do Executivo feitas durante atos do 7 de setembro, classificadas como antidemocráticas,  por citarem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e desrespeitarem os princípios da democracia. Os subprocuradores e subprocuradores-gerais da República pedem a responsabilização de Bolsonaro pelo órgão de controle. “Pugnamos pela atuação firme, serena e intransigente das instâncias competentes de controle e responsabilização no sentido de refrear os atentados ao Estado democrático de Direito e garantir sua perenidade”, diz documento. O manifesto diverge do posicionamento do procurador-geral, Augusto Aras, que considerou os atos como uma festa cívica.

Os subprocuradores pontuam ainda que cabe a eles apontar para “o grave momento a que poderemos chegar, caso rompa-se peremptoriamente a barreira da institucionalidade”. “As instituições estão sendo quotidianamente vilipendiadas; os valores constitucionais aviltados. Testemunhamos uma inédita, desde o despojamento da ditadura pela Constituição de 1988, marcha rumo ao obscurantismo, sombreada pela pregação da polarização e da intolerância, desviando as atenções dos graves problemas que afligem o cotidiano – crise hídrica, desemprego, calamidade sanitária, inflação, acentuada degradação ambiental e outros problemas”, finaliza a declaração no manifesto.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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