Substituto de Deltan diz que cassação ‘não se contesta’ e promete honrar votos do ex-procurador
Luiz Carlos Hauly assume vaga de deputado federal pelo Podemos após decisão do ministro Dias Toffoli; em entrevista ao Jornal da Manhã, parlamentar disse ter recebido ligação de Dallagnol
O ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) vai assumir a vaga deixada por Deltan Dallagnol, que teve o mandato como deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A confirmação de que Hauly assumiria a vaga deixada pelo ex-procurador veio após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) atender a um recurso do Podemos que determinou que Hauly fosse o escolhido. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 8, Hauly afirmou que a cassação não pode ser contestada e que irá honrar os votos de Dallagnol. “Decisão judicial não se contesta. Decisão da Justiça se cumpre, você pode não gostar. Claro que o doutor Dallagnol é um homem ilibado, de conduta reta, um grande homem público e promotor de Justiça. Temos que olhar pra frente”, disse Hauly, que continuou: “Ele mesmo me telefonou ontem me dando os parabéns e eu disse que honraria também os seus eleitores e seus princípios. Claro que ele é da área jurídica e eu da área econômica. […] São característica que se complementam. Também defendo os princípios que o doutor Deltan defende, como o princípio da moralidade pública, do direito à vida e à família. Lamento que o Congresso tenha perdido o doutor Deltan”.
Em outro0 momento, Hauly falou sobre a articulação da reforma tributária, dizendo que, por se tratar de um tema nacional que engloba mais de um grupo político, não deverá ter problemas nas votações. O deputado também defendeu a criação de uma agenda nacional de pautas. “A base parlamentar é fluída, é por tema. Se você tem um tema de interesse do governo que é de interesse nacional, ele é votado, como foi votado o arcabouço fiscal. Mesmo no governo passado, foi por tema. Com a reforma tributária, assim como a previdência, a reforma trabalhista, o testo de gastos e agora o arcabouço, não tem problema. Se a matéria é nacional, não é problema. A maioria do Parlamento, que é de centro, centro-direita e centro-esquerda, tem sua pauta própria. Temos que ter uma agenda nacional”, afirmou o parlamentar.
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