Tailândia convoca líderes de protestos para depor sobre ‘insultos à monarquia’

Fazer críticas à monarquia tailandesa é considerado crime de lesa majestade, que pune severamente qualquer difamação contra um membro da família real

  • Por Jovem Pan
  • 25/11/2020 06h07 - Atualizado em 25/11/2020 06h09
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EFE/EPA/NARONG SANGNAK A intimação veio na véspera de uma grande manifestação, marcada para acontecer nesta quarta-feira, 25, em Bangkok

As autoridades da Tailândia convocaram líderes de protestos contrários ao governo para prestar depoimento sobre supostos “insultos à monarquia“. A intimação veio às vésperas de uma grande manifestação, que está marcada para acontecer nesta quarta-feira, 25, em Bangkok. Desde julho, a capital é palco de mobilização popular contra o governo e a família real. O movimento pró-democracia conseguiu convocar até 30.000 pessoas nas ruas, número que não era visto desde o golpe do general Prayut Chan-O-Cha, em 2014. No centro da indignação está o rei Maha Vajiralongkorn, que passa grande parte do ano governando a Tailândia de um palacete no sul da Alemanha.

Partidos de oposição questionam a condução do rei durante a pandemia de coronavírus, os impactos econômicos e o aumentando da desigualdade no país. O confinamento social afetou duramente o turismo, base econômica do país. Fazer críticas à monarquia tailandesa é considerado crime de lesa majestade, que pune severamente qualquer difamação contra um membro da família real.  Em 2015, um homem foi condenado a 35 anos de prisão por postar e comentar no Facebook ofensas à corte.

*Com informações da repórter Lívia Fernanda

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