Tarcísio rebate fala de Lula sobre controle de armas dificultar vida de bandidos: ‘Estão armados até os dentes’

Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo também disse que todos os programas anteriores para resolver a questão da Cracolândia fracassaram

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2023 07h17 - Atualizado em 25/07/2023 08h13
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Marcelo S. Camargo/Governo de SP Governador de SP sugere tentar deslocar o fluxo de usuários de drogas para o Bom Retiro Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o atual governador do Estado de São Paulo

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 24, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que discorda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito dos efeitos das novas regras de limitação do acesso às armas. Para o petista, o decreto dificulta a ação dos criminosos, que terão mais dificuldade de conseguir armamentos. “Primeiro, eu vejo que nunca se dificultou a compra de armas para criminosos. Os criminosos estão armados até os dentes e nunca tiveram problemas. Por isso que a nossa ação de segurança pública, entre outras questões, é combater o contrabando de armas, combater essa arma que chega na mão do criminoso de forma ilícita. Eu entendo que a arma na mão do cidadão, e aí é uma questão do exercício de liberdade, é sempre um poder de dissuasão. No final das contas, o bandido não sabe se aquele cidadão está armado ou não e ele para e pensa duas vezes se vai fazer uma abordagem ou não”, declarou Tarcísio.

Em relação à Cracolândia, o governador disse que todos os programas anteriores para resolver a questão fracassaram. Para ele, é preciso agir em conjunto, com várias pastas e em todas as esferas municipais, estaduais e federais. Tarcísio também disse considerar necessário mudar a legislação para que os criminosos presos não voltem às ruas e, enquanto isso não acontece, é preciso continuar com as operações na região. “A gente percebe que todos os programas fracassaram porque sempre algum dos componentes faltou. Quando tinha um braço mais forte na segurança, faltava a assistência. Quando o caráter era mais assistencial, faltava segurança. Todos eles acabaram fracassando. Primeiro, a gente tem que trabalhar a questão de forma integrada. Estamos buscando os especialistas e a literatura.”

A conversa com jornalistas ocorreu após a apresentação de um balanço de uma megaoperação contra a criminalidade que envolveu os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Quase 1,2 mil suspeitos já foram detidos e 11 toneladas de drogas apreendidas. O secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite, também falou de uma ação de combate ao roubo de celulares. Segundo Derrite, 2 mil aparelhos foram recuperados e 1,6 mil puderam ser devolvidos. “Se existe o roubo, é porque tem alguém lucrando com isso. Já identificamos algumas quadrilhas que atuam em especial na região central. Os celulares, muitos estão saindo daqui e indo para outros países, países da África, para serem usados lá. É uma operação que não parou, se chama Operação Mobile, na região central de São Paulo”, explicou o secretário. Também foi anunciada a compra de 3 mil câmeras para equipar os carros das polícias, além de ouras 3 mil novas viaturas até o final do ano.

*Com informações do repórter Misael Mainetti

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