Tendência de queda no preço dos combustíveis deve mudar para alta nesta semana

Segundo os especialistas, na pior fase da pandemia, com o isolamento social, o estoque estava alto e a demanda baixa

  • Por Jovem Pan
  • 02/08/2021 06h49 - Atualizado em 02/08/2021 10h04
Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil Duas bombas de combustível azuis Queda apontada pela Agência Nacional do Petróleo é quase que imperceptível no bolso do consumidor

Os preços do óleo diesel e da gasolina recuaram ao longo da última semana. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, a gasolina comum cedeu 0,19% — o preço médio por litro chegou a R$ 5,82. Já o diesel terminou a última semana com uma leve queda de 0,2%, cotado a R$ 4,58 o litro. Foi o primeiro recuo do diesel em três semanas. O etanol também teve queda de 0,41% na última semana, atingindo R$ 3,26 o litro. Mas a queda apontada pela Agência Nacional do Petróleo é quase que imperceptível no bolso do consumidor. Daniel Colella, engenheiro de produção e CEO da Combudata, que trabalha numa plataforma de compra de combustível, acha normal essa variação de preços do combustível.

“Eu acho que são as condições do mercado, de fato. E, de novo, é o momento que é fora da curva. É o momento. Existe um desiquilíbrio muito grande e a gente precisa passar por isso com atenção. O ponto que você trouxe sobre educação e o consumidor saber o que está acontecendo, de fato é isso de fato é isso.” Perguntado se ele acha caro abastecer o próprio carro, ele respondeu assim. “Sem sombra de dúvidas. Especialmente porque meu carro é só gasolina. Dói no bolso de todo mundo, independente de quão rico seja.” Segundo os especialistas, na pior fase da pandemia, com o isolamento social, o estoque estava alto. E a demanda baixa. Resultado: o preço teve que cair. Agora, com a retomada do comércio, a demanda aumentou. E os preços não param de subir. E quem não está gostando nada disso, é claro, é o consumidor.

Rogério Tadeu é motorista de aplicativo. Ele não viu o preço diminuir e não concorda com a política de preços do governo federal que tem como referência o mercado internacional. “O meu gasto com combustível aumentou R$ 1 mil. Acho que do começo do ano para cá, pro causa desses aumentos. A gente não vê uma luz no fim do túnel, de que vai abaixar esse valor. A tendência é só aumentar.” Apesar do alívio na última semana, a tendência para essa segunda-feira, 2, é de novos aumentos. Isso porque a incidência do ICMS sobre o litro do combustível deve aumentar — consequência do ato do Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz.

*Com informações do repórter Maicon Mendes 

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