‘Tragédia na Bahia não pode ter exploração política’, afirma ministro Rogério Marinho
Enchentes causadas pela forte chuvas no Estado já deixaram ao menos 11 mortos e milhares de desabrigados
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, criticou o “embate desnecessário” entre lideranças políticas em meio à tragédia causada pelas fortes chuvas na Bahia e no norte de Minas Gerais. “É importante que tenhamos consciência que uma tragédia não pode ter exploração política. Estamos vendo um embate desnecessário. […] O presidente fez questão de ir conosco no domingo, ele foi muito bem recebido, ao contrário do governador da Bahia, que foi vaiado na mesma região. Nós queremos a parceria com o governo do Estado e nós estamos ajudando a população local, porque é nossa responsabilidade”, afirmou o ministro durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta terça-feira, 14. A declaração do ministro acontece após Rui Castro criticar a ida de Jair Bolsonaro ao Estado para fazer “ato político”.
De acordo com Marinho, desde o dia 29 de novembro uma central de operações foi atua em Itamaraju, auxiliando as vítimas da tragédia e fazendo contato com as prefeituras locais. Até o momento, mais de R$ 9 milhões já foram destinados a municípios que decretaram estado de calamidade pública e apresentaram os planos de ação. “Vi nas redes sociais alguns candidatos a presidente deflorando a quantidade de recursos. O cara quer ser candidato à presidência e não conhece sequer o funcionamento da Defesa Civil do seu país. Não temos restrição por questão financeira. Até porque, por se tratar de uma tragédia, o governo federal fará uma Medida Provisória com recursos extraordinários para fazer frente à calamidade, tanto na Bahia quanto em Minas Gerais”, pontuou.
Ainda de acordo com o ministro, os trabalhos nos municípios respeitam três etapas de atuação: a primeira é a resposta aos pedidos municipais, com liberação dos recursos para compra de alimentos, água potável, colchões e montagem de abrigos para os atingidos; a segunda é a desobstrução das principais rodovias e vias públicas, além da retomada dos serviços afetados e a terceira é a reconstrução da infraestrutura danificada. “O município é que define qual a necessidade que ele tem e nós provemos. Devemos chegar a mais de R$ 150 milhões neste primeiro momento. É um processo gradativo”, finalizou.
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