Trajetória de Bolsonaro no segundo turno teve apoio de governantes estaduais e embates com o TSE
Presidente tentou manter tom moderado, mas logo voltou a criticar intensamente a justiça eleitoral e seus ministros
O segundo turno começou com Jair Bolsonaro (PL) pedindo aos eleitores que mantivessem o foco e recebendo apoiadores no Palácio do Planalto. O presidente mostrou uma versão mais ponderada de si, reconhecendo que, em alguns momentos, falou demais e pedindo desculpas inclusive. Os primeiros dias foram, praticamente, em Brasília e destinados à construção de apoios. Declararam voto no presidente prefeitos e governadores, sendo o mais importante deles Romeu Zema (Novo), reeleito em Minas Gerais no primeiro turno. A primeira-dama Michelle Bolsonaro e parlamentares mulheres se reuniram na busca pelo voto feminino. Cantores sertanejos como Leonardo, Chitãozinho, Zezé de Camargo, Gusttavo Lima, entre outros, também declararam apoio ao atual mandatário. A calmaria durou pouco na campanha de Bolsonaro. Alguns dias após o início do segundo turno, o presidente deixou o tom moderado falando do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. As críticas ao TSE seguiram. Em comício, Bolsonaro voltou a questionar as urnas eletrônicas, chamando apoiadores para que permaneçam próximo aos locais de votação após depositarem o voto nas urnas. Falas sobre economia, enaltecendo a queda dos preços dos combustíveis, da inflação, o Auxílio Brasil também foram destaque. Na reta final, uma superlive, que durou 22 horas, reuniu apoiadores como o jogador Neymar e artistas como Gusttavo Lima. Bolsonaro voltou ao Nordeste em campanha, tentando se redimir com a população depois de ter ligado o bom desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva na região ao analfabetismo. O presidente disse que, na verdade, muitos desconhecem o que o governo dele fez pela região. Foram várias idas a Minas Gerais, na última, na quarta-feira, 26, em meio a questionamento sobre um suposto boicote de rádios a sua campanha, Bolsonaro criticou o PT e o TSE. Tendo acionado o Tribunal Superior Eleitoral, foi acusado por Alexandre de Moraes de tumultuar o final da campanha. Bolsonaro voltou a reagir: “Da nossa parte, nós iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que as nossas auditorias constataram, um enorme desequilíbrio no tocante às inserções. Isso, obviamente, interfere na quantidade de votos no final da linha”.
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