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Transsexuais e travestis esperam garantir direitos com atendimento em delegacias

O Governador do Estado de São Paulo Dr. Geraldo Alckmin, esteve presente na Inauguração do Serviço de Hidroterapia do Programa de Reabilitação em Câncer da Rede Lucy Montoro em comemoração ao Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil + Descerramento de Placa do Departamento Regional de Saúde + Lançamento de Editais do BID de 3 UBS-2 para Campinas; 1 UBS-2 para Cosmópolis; 1 UBS para Sumaré; 2 UBS-2 para Paulínea;1 UBS-2 para Santa Bárbara D'Oeste; 1 UBS- 2 para Hortolândia ; 1 UBS-2 para Indaiatuba + Descerramento de Placa da 1ª e 2ª D.D.M. Local: Campinas/SP. Data: 14/02/2017. Foto: Alexandre Carvalho/A2img

A travesti Valéria Rodrigues foi casada por dez anos, mas o relacionamento chegou ao fim depois que o companheiro dela começou a agredi-la. Num dos episódios, ele bateu nela com uma panela de ferro; em outro momento, ele jogou um botijão de gás na direção dela. Nos últimos dois anos de casamento, Valéria registrou treze boletins de ocorrência contra o marido por violência doméstica. Valéria sabe como pode ser difícil ter um atendimento acolhedor das autoridades em momentos como esse. A partir de agora, todas as Delegacias de Defesa da Mulher – as DDMs – vão atender não apenas mulheres biológicas, mas também trans e travestis. A medida foi publicada no Diário Oficial nesta semana. A delegada Jamila Ferrari, que coordena as DDMs, explica que a mudança dá mais segurança para todas as mulheres que precisarem de atendimento.

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Além de incluir trans e travestis, o decreto também determinou que as delegacias da mulher vão atender apenas crimes de violência doméstica e familiar. A delegada Jamila Ferrari diz que, antes desta mudança, qualquer delito que envolvesse mulheres era encaminhado para as DDMs, o que sobrecarregava o sistema. Segundo dados da Polícia Militar de São Paulo, o número de ocorrências de violência
doméstica cresceu quase quarenta e cinco por cento durante a pandemia. Já um levantamento da Associação Nacional dos Travestis e Transsexuais mostrou que oitenta e nove pessoas trans foram mortas no primeiro semestre deste ano. O número representa um aumento de quase quarenta por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.

*Com informações da repórter Lívia Fernanda

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