TSE julga candidatura de Roberto Jefferson nesta quinta-feira

Ministro Carlos Horbach já sinalizou que ex-parlamentar não deverá ser autorizado a concorrer no pleito, já que está inelegível até 2023 pela Lei da Ficha Limpa

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2022 08h25 - Atualizado em 01/09/2022 12h08
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Mário Agra/PTB Nacional Homem de terno e óculos Roberto Jefferson, preso e condenado no esquema do mensalão, disse ter lançado candidatura à Presidência da República pelo PTB em 'apoio' a Jair Bolsonaro, para diminuir votos brancos e nulos e ajudá-lo a chegar ao segundo turno

O Tribunal Superior Eleitoral julga nesta quinta-feira, 1º de setembro, o registro de candidatura de Roberto Jefferson (PTB) à Presidência da República. O julgamento está previsto para ocorrer às 10 horas. Até o momento, o ex-deputado condenado por improbidade administrativa está impedido de usar o horário gratuito eleitoral e recursos do fundo de campanha. O Ministério Público defende que Jefferson não dispute as eleições em 2022. A Jovem Pan News teve acesso a uma carta escrita pelo ex-parlamentar, que foi lida, nesta quarta-feira, 31, pelo padre Kelmon Luís da Silva, indicado como vice na chapa do PTB. No texto, Jefferson diz que foi impedido de se manifestar: “Eu denunciava a marcha sobre nossas leis, sobre a constituição. Para me calarem, me prenderem. Preso, me impediram de falar, direito que deram ao condenado Lula, que agora encontra-se descondenado”. Roberto Jefferson foi condenado por participação no esquema do mensalão do PT, foi beneficiado por um indulto, mas segue inelegível até dezembro de 2023 com base na Lei da Ficha Limpa.

Em decisões anteriores, o relator do pedido de registro da candidatura de Roberto Jefferson, o ministro Carlos Horbach, já deu a entender que a candidatura não será autorizada. Se o plenário do TSE chancelar a candidatura, o ex-parlamentar volta a ter direito a usufruir do horário eleitoral e das verbas de campanha. Na carta divulgada nesta quarta, Jefferson afirma que não irá desistir da disputa: “Seguirei minha campanha, pois não me conformei durante o governo Lula, quando denunciei o mensalão, sobretudo porque sabia que meus atos impediriam que o mais sinistro prejuízo, o mais sinistro projeto de poder da história brasileira, pudesse se instalar definitivamente”.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro

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