TSE torna ex-vereadora inelegível por oito anos após prática de ‘rachadinha’

Tribunal considerou que a prática configura como ‘enriquecimento ilícito’ e ‘dano ao patrimônio público’; Maria Helena acumulou R$ 146,3 mil

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2021 07h24 - Atualizado em 14/09/2021 10h36
José Cruz/Agência Brasil Fachada do TSE Maria Helena se candidatou à vereadora por São Paulo em 2020

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade considerar a chamada rachadinha como enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público. O crime configura a apropriação de parte dos salários de funcionários de gabinete por políticos. A decisão foi tomada durante o julgamento da  ex-vereadora de São Paulo Maria Helena Fontes. Com a condenação, ela está inelegível por oito anos. O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, afirmou no acórdão que a prática da rachadinha é uma clara e ofensiva modalidade de corrupção que fere a retidão e honestidade. O TSE considerou que houve ato doloso de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito por parte da ex-vereadora. Maria Helena foi processada pelo Ministério Público Eleitoral por suspeitas de estar, de janeiro 1997 a 1999 , obrigando funcionários comissionados a entregar parte das remunerações sobre a ameaça de exoneração. Maria Helena se candidatou pelo PSL em 2020 à vereadora de São Paulo e declarou possuir R$ 1 milhão em bens, mas não se elegeu. O MPE aponta que a ex-vereadora acumulou R$ 146,3 mil com a prática ilícita de rachadinha.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.