Turismo mundial tenta se recuperar depois de dois anos de pandemia
Setor ainda acumula prejuízos e espera uma recuperação total até o início de 2023
Após sofrer com o período mais duro da pandemia, o setor de Turismo encontra uma barreira: o alto preço das passagens aéreas. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o setor acumula prejuízos de R$ 515 milhões de reais no Brasil. O encarecimento do combustível, consequência da guerra na Ucrânia, é um dos entraves para o reaquecimento do setor. A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Magda Nassar, aposta em uma recuperação total até o fim do ano. “Não estamos ainda nos níveis normais, não temos assentos disponíveis para vender para todos que querem viajar. Mas, até o fim da nossa grande temporada, que seria janeiro do ano que vem, nós estaremos já com 100% de disponibilidade de venda, portanto talvez alcançando os números importantes de 2019”, projeta.
“Ou seja, o setor está bastante otimista, bastante produtivo e isso é fundamental para um setor que foi tão impactado durante a pandemia, sofreu tanto e se recupera bravamente”, afirma a especialista. A presidente da Abav também lembra que os passageiros estão buscando alternativas para fugir da alta dos preços e ressalta que, apesar das dificuldades, ainda é possível fazer um bom negócio: “A alta do combustível é um entrave, mas, esse preço está sendo bastante trabalhado. É um preço que quando você tem um bom agente de viagens você consegue driblar um pouco, encontrar preços melhores e fazer a sua viagem acontecer. Nós tivemos muito trabalho nos últimos dois anos remarcando, reembolsando e atendendo clientes sem lucratividade e, nesse momento, a gente trabalha com clientes que querem viajar e os destinos do mundo e o Brasil estão muito receptivos para que a gente atenda esses clientes da melhor forma”.
Magda Nassar aponta que as agências estão ampliando as ofertas de pacotes e que, em relação às viagens internacionais, os dois destinos mais procurados são Buenos Aires, capital da Argentina, e Miami, nos Estados Unidos.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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