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União dos Povos Indígenas do Vale do Javari diz que diretoria está ameaçada de morte

Representante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), liésio Marubo.

Em audiência na comissão do Senado Federal criada para o caso do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, o representante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliésio Marubo, afirmou que toda a diretoria da entidade está ameaçada de morte. “Eu gostaria muito de ouvir o que a Funai tem a dizer, gostaria muito de ouvir o que o Ministério Público fez com as tantas denúncias que nós fizemos, eu gostaria muito de saber e é importante que haja esse acompanhamento, para que a gente dê respostas, não só para as famílias do Bruno e do Dom, mas que a gente dê respostas também para a sociedade. Que país é esse em que nós estamos vivendo excelências? Que país é esse? Quantos mais Brunos e quanto mais Dons têm que morrer? Todo mundo sabe, é público e notório que a diretoria da Univaja está marcada com a mesma marca que Bruno e que o Dom”, disse. O Conselho Nacional dos Direitos Humanos pediu a demissão do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier. Entre outras recomendações do conselho ligado ao Ministério da Justiça estão a continuidade das investigações sobre o crime organizado no Amazonas e o reconhecimento da Univaja como entidade de defesa dos direitos dos povos nativos da região.

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O coordenador geral substituto de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai, Giovanni Pantoja, garantiu que o órgão tem feito ações de fiscalização e repressão dentro de territórios indígenas com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Militar. “Por um período de sete anos não se teve coordenador na frente de proteção do Vale do Javari, sem continuidade o trabalho de titularidade e o desenvolvimento do trabalho na região. Hoje temos cinco bases de proteção atuando no Vale do Javari. Pelo tamanho da região, temos que avançar em várias pautas”, disse. Nesta quinta-feira, 23, os corpos de Dom Phillips e Bruno Pereira serão devolvidos às famílias, após a conclusão da perícia pela Polícia Federal. Os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística continuarão nos próximos dias concentrados na análise de vestígios diversos do caso. O voo com os restos mortais do jornalista e do indigenista está previsto para decolar do aeroporto de Brasília às 14 horas.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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