Vacina da Novavax demonstra 89% de eficácia contra Covid-19, apontam estudos no Reino Unido
Fase 3, última antes da aprovação do imunizante, envolveu 15 mil voluntários entre 18 e 84 anos de idade
A corrida para imunizar a população mundial contra o Covid-19 ganhou mais um reforço de peso. A vacina desenvolvida pela americana Novavax demonstrou ter 89% de eficácia em estudos realizados no Reino Unido. A fase 3, última antes da aprovação do imunizante, envolveu 15 mil voluntários entre 18 e 84 anos de idade — 27% dos voluntários tinham mais de 65 anos. O mais importante é que os estudos indicaram que a Novavax parece ser eficaz também contra as variantes britânica e sul africana do coronavírus. O Reino Unido, que já tem três vacinas aprovadas para uso, agora espera uma rápida aprovação da Novavax.
O país comprou 60 milhões de doses da vacina, que também será produzida localmente, em uma fábrica na região de Middlesbrough. O governo acredita que as doses já estejam em produção no mês de março, quando a aprovação final deve estar concluída. O Reino Unido, que tem uma população de 66 milhões de pessoas, também tem contratos para receber 100 milhões de doses da AstraZeneca — além de 40 milhões de doses da Pfizer e 17 milhões de doses da Moderna. A meta é imunizar todo o grupo de risco do país até a metade de fevereiro. No momento, os britânicos estão no meio do caminho: 7,5 milhões de pessoas já receberam a primeira dose das vacinas de Covid-19 por aqui. Hoje também especialistas britânicos saíram em defesa da vacina da AstraZeneca.
Autoridades alemãs recomendaram que o imunizante não seja administrado em pessoas com 65 anos de idade ou mais. A alegação é que os estudos clínicos não levantaram dados suficientes sobre a eficácia da vacina nos grupos de mais idade. A União Europeia deve aprovar nesta sexta-feira, 29, a vacina da AstraZeneca em meio a disputa para a entrega de doses prometidas pelo laboratório. Os especialistas britânicos afirmam que existem dados animadores sobre a resposta do sistema imunológico em pessoas de mais idade que receberam a vacina. E que apesar da decisão tomada na Alemanha, a vacina desenvolvida por Oxford também é eficaz para quem tem 65 anos ou mais.
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