Venda de álcool em gel diminui 59,5% no Brasil, mostra pesquisa

Para infectologista, número revela hábito de higienização das mãos está ficando de lado entre os brasileiros, o que preocupa

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2021 08h38
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Pixabay Pessoa pega álcool gel em frasco Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para minimizar o contágio do vírus é recomendado o uso de álcool em ge

Já é possível ver uma queda significativa na compra de álcool em gel. Uma pesquisa realizada pela Farmacias App, aplicativo de venda on-line de saúde e beleza, mostra que a procura pelo produto não é mais a mesma. Em março de 2021, o índice de vendas de álcool em gel representou queda de -49,4% comparado com o ano anterior. Porém, em abril, o nível de aquisição do item caiu ainda mais, chegando a atingir -59,5%, em todo o país. Os números revelam uma mudança de comportamento dos consumidores brasileiros, em relação ao início da pandemia em 2020. Mesmo com a alta taxa de transmissão do vírus, a compra de álcool em gel está caindo, o que assusta os especialistas. A infectologista Rosana Richtmann acredita que o hábito de higienização das mãos está ficando de lado, situação que preocupa.

“Nós temos ainda muita coisa pela frente, diria que o hábito de higienizar as mãos, isso é uma coisa muito antiga, muitos anos está provado que para várias doenças funcionam. Se me perguntasse há um ano atrás eu diria que ‘esse hábito vai ficar para sempre, é um dos legados da pandemia é aprender a importância do álcool’. Mas um no depois o vírus ainda não foi embora e a gente deixou de fazer esse tipo de prevenção”, afirmou a médica. Rosana pontua ainda que o cenário da pandemia não é animador para que o álcool em gel seja dispensado pelos brasileiros. “A gente tem focado bastante na máscara, que é outro item fundamental de prevenção, só que a gente parou de falar com a mesma intenção em relação da importância do álcool gel”, ressalta.

O consultor de TI Rafael Hofmann assume que o hábito de carregar o álcool gel não está tão frequente na rotina. “Não carrego, comigo não. Só saio de casa para o trabalho”, disse. Por outro lado, o hábito ainda é mantido por pessoas como a aposentada Ildete Barros, que não abre mão de se proteger. “Sempre carregando. Saio de casa com duas máscaras, tomei as duas doses e mesmo assim ando prevenida”, disse. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para minimizar o contágio do vírus é recomendado o uso de álcool em gel. “Quanto mais a gente falar isso, mostrar a importância de que realmente o microrganismo pode sobreviver nas nossas mãos e a gente contaminar os outros e se autocontaminar a gente acaba relembrando as pessoas desse hábito que é o uso do álcool em gel”, lembrou a infectologista. Rosana Richtmann reforça que para manter o hábito da limpeza das mãos são necessárias mais ações de prevenção.

*Com informações da repórter Elisângela Carreira

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