Venda ilegal de atestados médicos ocorre em plena luz do dia no centro de SP
Crime de falsificação foi flagrado em locais de grande movimento da capital paulista

Reportagem da Jovem Pan News flagrou um esquema de venda de atestados médicos falsos no centro de São Paulo. O flagrante foi feito em dois locais de grande movimentação na capital paulista: a rua Amador Bueno, em Santo Amaro, e a Praça da Sé. Ambos, próximos a unidades do Poupatempo. As imagens capturadas constatam de perto a facilidade para aquisição de atestado médico ou resultado positivo do teste de Covid-19 para afastamento do trabalho. É possível em pouco tempo ter em mãos os documentos falsos, basta dar o nome e o número do RG. As pessoas são abordadas e o serviço é oferecido em plena luz do dia.
O valor pedido em Santo Amaro pelo serviço é de R$ 270, mas a quantia é negociável. Os interessados nos atestados falsos adiantam boa parte do dinheiro para os intermediários e aguardam a emissão das falsificações. A entrega do envelope com o atestado é feita logo em seguida. Na Praça da Sé o trâmite é mais rápido pois há uma ação mais intensa da Polícia Civil na qual investigadores se passam por contadores para tentar acabar com o esquema. Um intermediário leva metade do dinheiro para encaminhar a um segundo fraudador, que faz o documento em um edifício próximo. O valor nesse caso é de R$ 40 reais por cada dia solicitado de afastamento.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo destacou em nota que um dos CRM’s encontrados nos atestados é válido e está em nome de uma médica que teve a identidade preservada pela reportagem. “Vale ressaltar que a falsificação e venda de atestados médicos é crime, sendo caso de polícia, inclusive, muitas vezes, nem o médico sabe que seu nome e CRM estão sendo utilizados por terceiros. Cabe informar ainda que o CREMESP solicitou, recentemente, a abertura de inquérito policial para apurar a venda online de laudos e atestados médicos”, afirma o comunicado.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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