Vendas de panetones devem movimentar R$ 800 milhões em 2020
Associação que representa o setor projeta aumento de 10% no faturamento neste ano
Começou como uma tradição natalina de origem italiana, mas o panetone tem ganhado cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros. Com uma parcela da população evitando sair de casa por causa da pandemia, as empresas viram as vendas por delivery, televendas e e-commerce ganharem força. Mesmo com a reabertura de alguns setores da economia, o gerente de marketing de uma rede de docerias, Mario Martins Costa Júnior, afirma que a busca pelos panetones já dão sinais de que vão superar 2019. “Só em novembro, nós vendemos jhá a quantidade, o valor que vendemos em todo o Natal de 2019 e a gente espera, que ao final do Natal, o crescimento seja de três meses em relação a 2019. Nossa grande estratégia foi ter se preparado muito antes da pandemia, já com outros canais. Então nosso televendas está indo muito bem, que recebe toda demanda do público fora de São Paulo, das vendas corporativas, que esse ano mudou um pouco o perfil do consumo.”
Segundo a associação que representa o setor, os panetones estão em alta. A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) projeta aumento de 10% no faturamento, movimentando cerca de R$ 800 milhões em 2020. No período de novembro a janeiro, os brasileiros devem consumir 42 mil toneladas do produto. O presidente da entidade, Claudio Zanão, explica que os panetones, com receitas cada vez mais surpreendentes, caíram no gosto dos consumidores muito além da ceia de Natal. “O panetone sempre teve no café da manhã, uma ótima ocsião de consumo. Chega a ser quase um terço do volume no café da manhã. Mas, agora, também ele está indo para o café da tarde, o lanche da noite, ele está conquistando novos espaços na mesa do brasileiro. Talvez um grande motivo disso seja o panetone virar presente agora. Então ele está presente nas ceias, nas comemorações e agora também é levado como um presente acertado para todos”, comenta. Segundo a associação, o consumo per capita do país é de 440 gramas, metade em relação à Itália, o país de origem da receita.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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