Vendas online devem ajudar comércio a faturar R$ 10 bilhões no Dia das Crianças

Segundo a CNDL, 72% dos brasileiros pretendem ir às compras; modalidade digital se divide entre sites, aplicativos e redes sociais

  • Por Jovem Pan
  • 11/10/2021 10h31 - Atualizado em 11/10/2021 13h43
Fernando Frazão - Agência Brasil dia das crianças Compras presenciais ainda devem representar 56% do total, sendo 33% em shoppings e 23% em lojas de rua

De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CND), 72% dos brasileiros devem ir às compras para o Dia das Crianças. A expectativa é que data movimente cerca de R$ 10,93 bilhões no varejo. Apesar da retomada das atividades e da redução no número de casos de Covid-19, a tendência é que o consumidor opte por ofertas online. Pelo segundo ano consecutivo, a internet será o principal local de compras (37%), seguida pelo shopping center (33%) e lojas de rua/bairro (23%). Entre os que realizarão as compras pela internet, 79% devem utilizar os sites, 70% os aplicativos e 20% o Instagram.

Carolina Pêra é mãe da pequena Tereza, de apenas um ano e dez meses. A criança nasceu poucos meses antes da chegada da pandemia e, até hoje, só ganha presentes comprados remotamente. Para Carolina, as compras online têm vantagens quando se trata de presentes para crianças da primeira infância “Eu acho que a compra online facilita um pouco o controle do consumismo, porque a gente não precisa ir às lojas, onde opções muito variadas e a criança chega e acaba querendo muita coisa, nem ela sabe o que ela quer. Pela internet, a gente acaba escolhendo, não é a criança. Mas também tem o fator surpresa, quando chega algo em casa estimula o interesse dela de desvendar o que tem ali. Então, tem esses dois pontos positivos”, afirma Carolina.

Para a mestre em comportamento de consumo digital, Fátima Bana, o movimento de aumento das vendas online já era previsto e a pandemia só acelerou o processo. “Essa mudança veio para ficar. A tendência é que a gente veja isso acontecer nos próximos anos e as lojas também se transformem, virando lugares de experiências muito mais do que de compras propriamente ditas. Não significa que o consumo físico vai deixar de existir. As pessoas vão continuar indo aos lugares. Algumas vão continuar preferindo comprar presencialmente, mas elas vão ter sempre algum lado que caminha no mundo online”, diz a pesquisadora. As buscas por presentes para os Dia das Crianças este ano representam um aumento de 45% em relação ao ano passado se comparados aos períodos entre janeiro e setembro de 2020.

*Com informações da repórter Juliana Tahamtani

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