Vereador baleado de raspão pode ter sido vítima de guerra entre traficantes e milicianos

Local por onde ele circulou é palco de permanente disputa entre grupos criminosos

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2020 08h01 - Atualizado em 04/11/2020 11h39
Reprodução/Facebook/Zico Bacana Além do parlamentar, outras quatro pessoas foram baleadas em Anchieta -- sendo que duas acabaram morrendo

Uma disputa acirrada, quase uma guerra entre traficantes e milicianos na zona norte do Rio de Janeiro pode estar por trás do tiro que atingiu de raspão o vereador e candidato a reeleição Zico Bacana na última segunda-feira (2) no Rio. O local por onde ele circulou é palco de permanente disputa entre grupos criminosos. Pelo menos 20 tiros atingiram o carro onde ele estava. Um dos disparos atingiu Zico de raspão na cabeça. A Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro investiga se ele foi alvo direto ou se estava no local errado, na hora errada e com companhias erradas.

Além do parlamentar, outras quatro pessoas foram baleadas em Anchieta — sendo que duas acabaram morrendo. Uma das vítimas teria ligação com o trafico de drogas. Zico Bacana é ex-PM, já foi investigado na CPI das milícias da Alerj e é acusado de ligação com grupos paramilitares. Ele nega. O parlamentar esteve na Divisão de Homicídios após o crime, prestou depoimento e foi novamente hospitalizado na terça-feira após ter fortes dores de cabeça. Depois de ser examinado, foi liberado e recebeu alta. O parlamentar está em casa se recuperando de tudo o que aconteceu e até gravou uma mensagem para os correligionários.

Nesta terça, um candidato a vereador do município de São Gonçalo foi preso pela policia fluminense. Ele é Valmir Santos Filho, do PSL, e tem 35 anos de idade. A acusação contra o candidato é de lavagem de dinheiro do trafico e venda de peças roubadas na oficina que ele mantinha no município. Segundo as investigações, o candidato a vereador teria ligação com o trafico de drogas do Complexo do Salgueiro — comandado pela maior facção criminosa do Estado.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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