Vereador de BH mostra fuzil e sugere arma como ‘presente de Natal’

Nikolas Ferreira exibiu nas redes sociais o armamento que ganhou na comemoração natalina

  • Por Jovem Pan
  • 26/12/2020 08h09 - Atualizado em 26/12/2020 12h44
Reprodução / Vídeo Instagram

Tem repercutido nas redes sociais um vídeo do vereador Nikolas Ferreira, o segundo mais votado de Belo Horizonte, em Minas Gerais, nas últimas eleições, exibindo um fuzil. Na gravação, o futuro parlamentar, do PRTB, sugeriu o armamento como presente de natal e ressaltou o apoio do presidente Jair Bolsonaro em facilitar a importação de armas. “Graças ao governo Bolsonaro você pode receber esse presentinho”, afirma. Nikolas Ferreira disse ainda no vídeo que o fuzil está devidamente registrado e em dia com a documentação. “Tudo certinha, registrada. Isso daqui [o fuzil] não veio da favela, nem nada, está registrado com documento certinho. Isso daqui é o que o governo Bolsonaro está por nós. A única coisa que para um homem mau com uma arma é um homem bom com uma arma”, diz no vídeo.

O vereador foi criticado nas redes sociais pela publicação e realizou uma nova postagem, afirmando que, se o fuzil estivesse sendo exibido em um baile funk, a “lacrolândia”, como ele classificou os críticos, poderia até chamá-lo de vítima da sociedade. O futuro parlamentar postou, em seguida, uma foto de uma arma ao lado de uma camiseta com a estampa do rosto de Jair Bolsonaro em que se lê “durmam bem, lacrosfera”. Esta não foi a primeira vez que o vereador Nikolas Ferreira teve publicações que repercutiram nas redes sociais. Um outro vídeo dele, negando a eficiência da máscara e do isolamento social como forma de conter o avanço do coronavírus, teve destaque na internet no início do mês.

No início deste mês de dezembro, o governo federal anunciou que ia zerar o imposto de importação de algumas armas, como pistolas e revólveres, que, atualmente, têm uma alíquota de 20%. A medida, que entraria em vigor no dia primeiro de janeiro, foi suspensa pelo ministro Edson Fachin cinco dias após a publicação no Diário Oficial da União. A decisão do Supremo Tribunal Federal foi tomada a partir de um pedido do PSB.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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