Viajantes vão precisar fazer três testes para Covid-19 para entrar no Reino Unido

Medidas foram endurecidas para tentar conter a entrada de novas variantes no país, como a da África do Sul

  • Por Ulisses neto/Jovem Pan
  • 09/02/2021 07h07
EFE/EPA/AHMAD YUSNI - 02/02/21 Teste PCR A primeira delas será antes do embarque, na origem -- como já era obrigatório há alguns meses

O governo britânico anuncia nesta terça-feira, 8, novas regras que endurecem a entrada de estrangeiros no país. As fronteiras da ilha não serão fechadas — mas está cada vez mais difícil para os visitantes entrarem. As novas regras determinam que o viajante que vier para o Reino Unido terá que testar negativo para Covid-19 pelo menos três vezes. A primeira delas será antes do embarque, na origem — como já era obrigatório há alguns meses. A novidade é que, ao chegar na Grã Bretanha, será preciso realizar mais dois testes de Covid-19 no segundo e no oitavo dia de isolamento.

Quem entra no Reino Unido precisa enfrentar 10 dias de isolamento obrigatório e os testes durante esse período serão pagos pelo viajante. Cada exame desses em Londres, por exemplo, custa cerca de 150 libras — ou pouco mais de R$ 1 mil. A partir do próximo dia 15, viajantes da chamada lista vermelha terão regras ainda mais rígidas. Residentes do Reino Unido que passaram por lugares como Brasil e África do Sul terão que ficar isolados por 10 dias em hotéis oficiais do governo. A pessoa não poderá deixar o quarto durante o isolamento e as acomodações serão, inclusive, vigiadas.

A medida tenta conter a entrada de novas variantes no país — sobretudo após a notícia de que a vacina de Oxford tem eficácia reduzida drasticamente contra a variante sul-africana. Os britânicos seguem a todo vapor com sua campanha de vacinação: cerca de 12,5 milhões de pessoas já foram inoculadas. Isso significa que o país está muito próximo de superar a meta de distribuir a primeira dose anti-Covid para os quatro grupos de risco prioritários até o dia 15 de fevereiro. Mas a principal vacina do país é justamente a produzida pela AstraZeneca — logo, a variante sul-africana representa um risco enorme para esse esforço todo dos últimos meses.

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