África do Sul suspende uso da vacina da Oxford/AstraZeneca temporariamente
Estudo mostrou que o imunizante não previne casos leves e moderados da variante do país
As variantes da Covid-19 são a principal ameaça para os progressos conquistados na pandemia até agora. E uma notícia vinda da África do Sul levantou preocupações sobre a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. O país decidiu suspender o uso do imunizante fabricado pela AstraZeneca temporariamente. Uma reação a um estudo ainda sendo revisado pela comunidade científica apontou baixa proteção da vacina contra a variante local. O estudo se refere apenas a casos leves e moderados da doença porque a média de idade dos voluntários era de 31 anos, fora dos grupos de risco.
A África do Sul recebeu lote de um milhão de doses da vacina de Oxford, mas decidiu interromper o uso enquanto novos estudos são realizados. O país vai seguir seu plano de imunização com as vacinas da Pfizer e da Johnson & Johnson nas próximas semanas. A AstraZeneca e a Universidade de Oxford reconheceram que o imunizante não protege contra casos moderados e leves da variante sul africana. Ambos estão trabalhando em uma atualização da vacina que seja eficaz para esta mutação do vírus.
A questão é que a vacina de Oxford tem sido crucial para o sucesso da campanha de vacinação aqui no Reino Unido e também está no centro de campanhas ao redor do mundo, sobretudo em países em desenvolvimento — como o Brasil. Cerca de 90% dos casos de Covid registrados na África do Sul neste momento são dessa nova variante. As vacinas podem ser adaptadas para também oferecer proteção contra as mutações do vírus — mas isso leva algumas semanas ou meses. Portanto, as medidas para tentar conter a disseminação dos vírus com controle de fronteiras, viagens reduzidas e distanciamento social seguem com extrema relevância.
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