‘Bem eu não estou, mas estou firme’, diz deputada Isa Penna sobre episódio de assédio
Em entrevista ao Morning Show, parlamentar explicou o ocorrido e afirmou que ‘já foram tomadas as medidas jurídicas’ contra o deputado Fernando Cury
Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 18, a deputada estadual Isa Penna (PSOL) abordou o assédio que sofreu durante uma sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O ato foi flagrado em vídeo. “Bem eu não estou, mas estou firme. Sigo como toda mulher que já sofreu assédio, a gente chora e cai, mas nos levantamos e no dia seguinte vamos trabalhar. Enfrentamos aquilo que precisa ser enfrentado. Precisamos aproveitar o momento para fazer com que este caso possa ajudar outras mulheres a se defenderem”. O episódio de assédio aconteceu na última quarta. Por meio das imagens registradas pelo canal da Alesp, que transmitia ao vivo a sessão de votação do Orçamento do estado, é possível observar o deputado Fernando Cury (Cidadania) se aproximando de Isa, posicionando-se atrás da parlamentar e colocando a mão na lateral de seus seios. No momento, Penna conversava com o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), na mesa diretora da Alesp. As imagens mostram, ainda, a deputada empurrando o braço do parlamentar.
“Da minha parte, todas as medidas jurídicas já foram encaminhadas. Registrei o Boletim de Ocorrência por importunação sexual, protocolei uma representação contra o Fernando Cury no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa e fizemos um abaixo-assinado porque ele precisa entender que, ao assumir um cargo público, tem uma responsabilidade com o povo”, disse Isa. Em nota, a Alesp afirmou que o Conselho de Ético da Casa avaliará o caso. O Partido de Fernando Cury, por sua vez, disse que está analisando as imagens e encaminhando o caso ao Conselho de Ética da sigla para que “sejam tomadas providências cabíveis e efetivas”. “A legenda não tolera qualquer forma de assédio e atuará para que medidas definitivas sejam adotadas. Temos uma história de luta em defesa dos direitos da mulher que nenhuma pessoa pode macular”, reiteraram em nota Arnaldo Jardim e Roberto Freire, presidentes estadual e nacional do Cidadania.
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