Autor de lei de abstinência sexual defende projeto e diz que ‘radicais de esquerda’ tumultuam a Câmara

Em entrevista ao Morning Show, vereador Rinaldi Digilio explicou sobre seu PL de educação sexual que gerou repercussão no Legislativo paulistano e na internet

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2021 13h38 - Atualizado em 13/07/2021 14h27
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Reprodução/Jovem Pan Rinaldi Digilio fala ao microfone no estúdio do Morning Show Rinaldi Digilio é um dos vereadores da bancada cristã da Câmara Municipal de São Paulo

Na última semana, entrou em debate na internet e na Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei que cria o programa ‘Escolhi Esperar’. Para a oposição, o PL que leva no nome a referência de campanhas evangélicas de celibato é um retrocesso no direito das mulheres e na educação sexual para adolescentes. Em entrevista ao Morning Show nesta terça, 13, Rinaldi Digilio (PSL-SP), autor do projeto, afirmou que a lei foi mal interpretada pela oposição. “Nessa última eleição, nós tivemos um aumento dos radicais da esquerda, e eles chegaram ‘causando’, querendo barrar projetos. Ele não fala de abstinência, ele institui um programa de conscientização e prevenção à gravidez precoce. Por que a gente não pode chegar para uma menina e um menino e dizer as consequências da gravidez? O espírito da lei foi essa aí, mas a esquerda e a bancada feminista vieram batendo. Trocamos o nome da lei para ‘Escolhi Planejar’. A oposição quer mandar no projeto e no nosso mandato pessoal.”

O vereador ainda esclareceu sua posição sobre o projeto de Economia Solidária, de Eduardo Suplicy. Segundo ele, o texto possui ligação com a ideologia de gênero. “Eu e outros 16 vereadores nos manifestamos contra. A criança tem que brincar e aprender as coisas da vida. Com a maturidade sexual, o que a pessoa faz em quatro paredes é problema dela. Quem gosta de dividir o sexo por categorias é a esquerda, não a direita. Você acha que durante a infância é hora de achar se é ou não menina? Ela precisa crescer e amadurecer para decidir o que quer na vida.”

Digilio, que é cristão e pastor, afirmou não possuir preconceitos com a comunidade LGBT e que ensinamentos ligados à sexualidade e gênero devem ser iniciativa da família. “Eu acredito no poder da educação, na orientação familiar, e que o pai e mãe têm a capacidade de ensinar os princípios morais para as crianças. A pauta da esquerda é se apoderar desse ensinamento para crianças e ensinar um novo mundo. Nós temos que respeitar esses pais. Sou cristão e pastor, mas tenho no gabinete um gay. Eu não tenho nenhum tipo de preconceito.”

Confira na íntegra a entrevista com Rinaldi Digilio:

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