Daiana Garbin revela detalhes de seu distúrbio alimentar e diz: "não é estilo de vida"

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2016 12h06
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Jovem Pan

A jornalista Daiana Garbin deixou a Rede Globo para assumir uma missão: alertar as pessoas sobre o Transtorno Dismórfico Corporal, doença que enfrenta até hoje. Ao lado da doutora Cybele Weinberg, a esposa do apresentador Tiago Leifert deu detalhes do seu drama de infância, nesta quarta-feira (29), durante o Jovem Pan Morning Show, e pediu mais cuidado para quem critica as pessoas que sofrem com distúrbios alimentares.

Garbin definiu a doença como uma “feiura imaginária”. As pessoas se olham no espelho e se acham monstros por não estarem bem com o seu corpo. Ela contou que quem está de fora acredita que tudo não passa de frescura, mas que isso pode levar à depressão.

“Eu não me acho feia, o meu problema foi a forma do meu corpo. Tenho uma dificuldade tremenda com alimentação. Cada vez que você senta na mesa e sofre para comer é um problema. Isso me levou a odiar meu corpo. Eu tinha 5 anos a primeira vez que chorei para minha mãe, falando que era gorda. Quem não convive com isso acha que é frescura. A pessoa fica tão abalada que vai para a depressão e se mata por isso”, explicou.

Weinberg complementou o discurso da jornalista e ressaltou que esses transtornos alimentares são doenças psiquiátricas e não um estilo de vida, em busca do corpo perfeito.

“Esse prazer de se alimentar se perde nesse medo, nessa culpa. Na anorexia a menina consegue se controlar, na bulimia acaba comendo porque não resiste e procura métodos para se livrar da comida. São doenças psiquiátricas, não é estilo de vida. São doenças que precisam de tratamento”, enfatizou.

A gaúcha teve que lutar muito contra a sua doença para conseguir que sua vida profissional não fosse afetada, principalmente quando teve a chance se se tornar uma das repórteres da Rede Globo de Televisão. Após anos na emissora, Garbin deixou a profissão para se dedicar ao canal “Eu Vejo”.

Ela revelou que já recebeu mais de 4 mil e-mails de pessoas que contam com distúrbios alimentares e que se sente muito bem em poder ajuda-las de algumas forma. A jornalista acredita que as pessoas precisam fugir desses modelos de corpo ideal e se aceitar da forma que são.

“Desde quando coloquei o canal, recebi 4 mil e-mails de gente com esses problemas. É terrível você sofrer com uma mesa cheia de comida quando muita gente passa fome. Isso é ser ingrato a Deus, todos os dias. Precisamos desmistificar isso. Nenhum sofrimento humano é menor do que o outro”, concluiu.

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