Deltan Dallagnol desabafa sobre xingamentos e ameaça de morte: ‘Violência política’

Parlamentar foi chamado de ‘verme’ e ‘filhote da ditadura’ em texto de um colunista, que ainda disse que o deputado ‘merece a sepultura’

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2023 13h12 - Atualizado em 30/03/2023 13h14
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Reprodução/Jovem Pan News deltan dallagnol Deltan Dallagnol foi o convidado do programa Morning Show

Nesta quinta-feira, 30, o programa Morning Show recebeu o deputado federal Deltan Dallagnol. Em entrevista, ele afirmou que teve sua vida ameaçada por expressões usadas em texto de um colunista. “O blog Brasil 247, o veículo preferido do Lula, nas palavras dele, o que ele mais assistia na prisão e o que ele escolheu para dar a primeira entrevista ao vivo na Presidência da República. Ontem, esse mesmo veículo divulgou ameaças de morte contra Sergio Moro e contra mim, que foram escritas por uma pessoa que foi biógrafa do Lula. Lembrando que esse blog Brasil 247, se você somar os números, dá 13. É uma espécie de porta-voz do PT. O que o PT faz, ele coloca lá, sempre atacou a Lava Jato”, afirmou. No texto, que agora já está fora do ar, Dallagnol era chamado de “juiz de merda”, “verme” e “filhote da ditadura”. “É o anúncio de um plano, de uma intenção e de um ódio político dizendo ‘esse cara tem que morrer’. É um anúncio, um estimulo de violência, uma ameaça de morte. Estão alegando que, por ser um poema isso não estaria errado, é um absurdo. A gente não está falando de forma. É a mesma coisa que dizer que os atos de vandalismo do 8 de janeiro foram uma obra de arte. É uma mensagem de violência política, uma mensagem de ameaça.”

Dallagnol afirmou que está tomando medidas jurídicas para tratar o caso com a Justiça. O parlamentar ainda fez críticas à postura do Partido dos Trabalhadores diante da ameaça sofrida. “O que a gente vê é uma reação de dois pesos e duas medidas. Quando é uma Jovem Pan, um veículo de direita conservadora, a reação é avassaladora, querem atropelar. Quando a gente olha o Código Penal, o crime de ameaça está previsto como ameaçar alguém por palavra, gesto ou qualquer meio simbólico, de causar mal, injusto e grave. Dizer que essas pessoas vão morrer não é ameaçar, eu não sei o que é. Existe outro crime que é o de incitação à violência. As condutas são, sim, crime. Reportamos isso para a Polícia Federal, para a Polícia Legislativa e para o inquérito de atos antidemocráticos”, detalhou. “Ao mesmo tempo que reportei isso no plenário, subiu e me interrompeu a Gleisi Hoffman. Para quê? Você acha que pra prestar solidariedade a mim? Ela assumiu para impedir que eu falasse. Solidariedade zero. Eles usam o discurso de que o amor venceu, mas é o ódio que venceu. Eles usam o slogan ‘Brasil da esperança’, mas eles querem o ‘Brasil da vingança’. Estão buscando conflito social quando deveriam estar buscando conciliação nacional. É um governo que vai promover a impunidade, um ambiente favorável à corrupção?”, questionou.

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