‘Governo tem projeto de poder, não de país’, diz Marinho sobre possível retorno do imposto sindical
Em entrevista exclusiva ao Morning Show desta quarta-feira, 23, senador falou sobre as conversas envolvendo o possível retorno da obrigatoriedade da contribuição e acusou o governo de lutar contra o ‘legado econômico’ dos últimos anos
Representantes de centrais sindicais e de empresas não chegaram a acordo sobre o possível retorno do chamado imposto sindical. O pagamento deixou de ser obrigatório após a reforma trabalhista, aprovada pelo Congresso Nacional em 2017. Na época, o valor era o equivalente a um dia do salário do trabalhador. Hoje, o pagamento seria de 1% da renda anual do trabalhador. Desde o fim da obrigatoriedade do pagamento, os sindicatos estão reclamando e defendendo que é preciso buscar uma forma de financiar as entidades para que elas continuem negociando reajustes para os trabalhadores. No momento, fala-se não sobre a recriação do imposto, mas de uma contribuição sobre a negociação coletiva. Em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan News, desta quarta-feira, 23, o senador Rogério Marinho, relator da proposta, disse que o governo não tem projeto de país, mas sim de poder e ressaltou que a reforma trabalhista não acabou com a contribuição, só tornou-a opcional. “O fato de que o governo tenha a iniciativa de fazer essa infeliz proposta mostra que o governo tem um projeto de poder, não de país. […] “O que o governo propõe é aumentar em três vezes a obrigatoriedade de imposto que foi amplamente rejeitado pelos trabalhadores, que não se sentiam representados pelas centrais sindicais. Nós não acabamos com o imposto, apenas permitimos que fosse opcional”, disse Marinho, O senador ainda afirmou que a gestão de Lula “tem se notabilizado por lutar contra tudo que foi virtuoso, em termos de legado econômico, realizado nos últimos seis anos”.
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