Luiz Flávio Gomes crava que Lula será condenado: “são muitas provas surgindo”

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2017 12h02
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Johnny Drum/Jovem Pan

O juiz aposentado Luiz Flávio Gomes está lançando o livro “O Jogo da Corrupção” e escancarou como as instituições brasileiras estão todas corrompidas com esse mal, no Morning Show desta segunda-feira (15). Defensor ferrenho da Operação Lava Jato, o jurista acredita que Lula será preso por conta do número de provas que vem chegando nas mãos de Sérgio Moro.

“Lula vai ser condenado. A quantidade de provas que estão surgindo não tem como não o condenar. Pode não ser pelo tríplex, que está tendo dificuldades, mas será por outras acusações em que ele é réu”, disse.

Gomes criticou duramente o sistema político brasileiro, afirmando que há uma “cleptocracia” instalada no sistema, em que os grandes empresários assistem a toda a roubalheira por parte dos líderes do País.

“As instituições que funcionam hoje são as envolvidas com a Lava Jato. Já as instituições clássicas funcionam a favor da elite que nos roubam diariamente. A nova instituição Lava Jato não funciona bem para eles. Está destampando o caldeirão, em detalhes, como eles nos roubam. O Brasil não é só um país corrupto, é um cleptocracia. Ela apoia o roubo de quem está acima. Se as instituições funcionassem bem, descobririam a roubalheira da Odebrecht lá atrás”, ressaltou.

Gomes vê o STF partidário e corrompido pelo trio formado por Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, que segundo ele estão tentando defender políticos envolvidos na Lava Jato que são de partidos como PMDB e PSDB. Ele também criticou a falta de agilidade para se julgar recursos de réus, como aconteceu com José Dirceu, que foi solto por conta da demora em ter seu recurso analisado. O paulistano quer que haja uma medida legislativa que force os julgamentos imediatos desses réus.

“A solução para isso seria o seguinte: uma proposta que tenho é que se tem réu preso, para tudo e os julga. Tem que ajustar esse ordenamento. O Zé Dirceu teria sido julgado e condenado em segundo grau, é definitivo. Isso que está faltando. O do Bruno está há quatro anos e não é julgado. Essa medida legislativa é urgente e precisamos de força para apoiar essa medida”, concluiu.

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