‘Ser gordo não é sinônimo de não ser saudável’, diz Mayara Russi
Em entrevista ao Morning Show, a integrante do reality show ‘Beleza GG’ contou sua trajetória de aceitação do corpo gordo
Promovendo o empoderamento feminino e inclusão dos corpos gordos, a segunda temporada do reality show Beleza GG estreia nesta quinta-feira, 14, no canal E! Entertainment para todo o Brasil e América Latina. Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, a modelo plus size e integrante da série, Mayara Russi, revelou suas expectativas para a nova temporada do reality. “Na primeira edição, queríamos levar o conhecimento a respeito do mercado plus size para um público maior, nosso objetivo era atingir mais mulheres com a ideia de que está tudo bem não ter o corpo magro das capas de revista. A primeira temporada deu muito certo, o sucesso ultrapassou nossas expectativas. Nesta segunda edição, pretendemos abordar questões que ficaram em aberto e teremos uma nova integrante no reality”, disse.
Para além da série, Mayara contou como foi sua trajetória de aceitação do corpo gordo. “Sempre me percebi como uma mulher linda, mas a sociedade negava isso. Aos poucos comecei a acreditar que não era bonita por ser gorda. Mesmo trabalhando com moda plus size, demorei para aceitar meu corpo, foi um processo complicado. O padrão de beleza foi implantado na sociedade, ensinado aos cidadãos e precisamos mudar isso urgentemente. As pessoas gordas precisam ser inseridas normalmente na sociedade”.
A integrante do reality show reforçou que o preconceito impossibilita que os gordos realizem inclusive tarefas simples, do cotidiano. “Gosto muito de fazer esportes, durante toda a minha vida quis praticar atividades físicas. No entanto, sempre me olham de forma pejorativa e me excluem das práticas esportivas. Isso é frustrante porque ser gordo não é sinônimo de não ser saudável, de não ser ativo. Por exemplo, atualmente frequento a academia ao menos três vezes por semana. Minha luta não faz apologia ao ser gordo, sedentário, sentar em frente à televisão e comer o dia inteiro. Precisamos ser saudáveis, praticar atividades físicas e nos alimentarmos bem, mas a sociedade nos nega acesso, nos limita”, concluiu.
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