Ana Paula estranha aproximação entre Moraes e delegada da PF: ‘Será que agora ela é comparsa?’
Comentaristas do programa Os Pingos Nos Is repercutiram as informações de que Denise Ribeiro já investigou o ministro do Supremo Tribunal Federal durante a gestão do ex-presidente Michel Temer
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quarta-feira, 28, a abertura de uma investigação para apurar o vazamento de informações na quebra de sigilo bancário do ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid. Em sua decisão, o magistrado faz menção ao jornal Folha de São Paulo, que foi o responsável por divulgar na imprensa o conteúdo. Moraes ainda destacou que o delegado Fábio Schor, responsável pela investigação, deve dar informações sobre os fatos noticiados e enviar ao STF os nomes de todos os policiais federais que tem acesso e conhecimento sobre os assuntos investigados. O ministro também determinou que sejam entregues informações sobre a comunicação das decisões feitas à Procuradoria-Geral da República, que foi contra a quebra do sigilo. Durante sua live, na noite de quarta, o presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), subiu o tom contra Moraes. O chefe do Executivo federal questionou o vazamento, apontou culpados e disse ser uma tentativa de enfraquecê-lo nas eleições. “Alexandre quebrou sigilo telemático por quê? Para ver se pescava alguma coisa lá. Minha esposa teve contato com ele. ‘Cid, conta tal, manicure, R$60. E aquilo sai da minha conta. O que o Alexandre de Moraes faz? Vaza essa parte telemática à imprensa. Não tem esse papo. A minha esposa, Alexandre, não tem escritório de advocacia. Contas e volumes atípicos. Bota o valor, Alexandre. Seja homem. Você vazou já a quebra do sigilo telemático. Abriu um inquérito para investigar quem vazou. Alexandre, quem vazou foi você. Seja homem, tu só bota a culpa na Polícia Federal. Tu, Alexandre de Moraes, e não é de hoje, faz para me prejudicar e ajudar o Lula. Só está faltando a coragem moral de, no final da sentença, assinar um ‘Lula Livre'”, acusou o presidente.
Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, a comentarista Ana Paula Henkel afirmou que a situação está ‘fedorenta demais’ e ressaltou que a delegada Denise Ribeiro já havia investigado Moraes durante a gestão de Michel Temer, na Operação Acrônimo. Informações compartilhadas pela analista tratam sobre um repasse de R$ 4 milhões às contas do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. “Denise investigava também operações relacionadas a empresa de advocacia da mulher de Moraes e o recebimento de valores, no mínimo, estranhos, e que deveria ser investigados. De repente, a Denise passou para o lado do senhor Alexandre de Moraes. Será que o sinal de degolar foi feito de outras maneiras, para que Denise passasse de investigadora para querer saber o que aconteceu quando Moraes era ministra, e agora ser comparsa?”, questionou. Henkel, por fim, argumentou que a delegada passou a invadir a prerrogativa de sigilo Executivo.
Confira o programa desta quinta-feira, 29:
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