Ana Paula Henkel compara STF com reality show e lamenta: ‘Pena que não podemos eliminar um por semana’

Bate-boca de ministros da Corte foi debatido entre comentaristas do programa ‘Os Pingos Nos Is’, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 23

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2021 19h37 - Atualizado em 23/04/2021 20h07
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Divulgação/STF ministros do stf Ministros do Supremo bateram boca em sessão

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou que o resultado do julgamento que chancelou a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF) deixou o petista emocionado. “Espero que isso sirva de lição para que nunca mais se use o sistema judicial brasileiro para influenciar a política. Que a gente aprenda com o que aconteceu”, pontuou a senadora. Outro petista a comemorar o resultado foi o ex-presidenciável Fernando Haddad. “Conclusão: a eleição de 2018 foi fraudada por Moro”, disse. Agora, o PT tem a expectativa de que a suspeição de Sergio Moro, que a princípio vale apenas para o caso do triplex do Guarujá, seja aplicada pelo STF a todos os outros processos contra Lula. Embora já tivesse maioria formada, a análise do tema foi suspensa nesta quinta-feira, 22, após pedido de vista do ministro Marco Aurélio de Mello e a sessão foi encerrada em meio a uma discussão entre os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Na ocasião, Barroso pediu que Mendes “não viesse com grosseria” e falou em “código do bom senso”. “Vossa excelência sentou em cima da vista há dois anos e se acha no direito de depois ditar regra para os outros”, disparou Barroso.

A comentarista do programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, Ana Paula Henkel, acredita que as decisões do STF não fazem jus e passam longe dos dizeres “ordem e progresso” da bandeira do Brasil. “É engraçado, vendo a ficha corrida de Gilmar Mendes aqui, como ele nunca se declarou parcial em nenhum caso que chegou no STF”, afirmou. Ela lembrou da quantidade de habeas corpus dados por ele, às vezes mais de uma vez para a mesma pessoa em um período de 48 horas, e de acusações de nepotismo como, por exemplo, momentos nos quais ele poderia ter se considerado suspeito para alguns julgamentos e não o fez. Apesar das notícias desanimadoras, Ana Paula disse acreditar que o brasileiro não quer mais retornar ao país de antes da Lava Jato e foi direta em relação ao bate-boca dos ministros no fim da sessão desta quinta: “A nossa corte mais alta do Brasil, uma corte que deveria ser constitucional e passou a ser criminal, parecia um daqueles programas de TV onde existem várias pessoas trancadas numa casa. Parecia aquilo. O único problema, e que pena, é que a gente não pode colocar um deles no paredão e eliminar um por semana”.

Veja o programa “Os Pingos Nos Is” desta sexta-feira, 23, na íntegra:

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