André Mendonça diz que Ministério da Justiça não atua como “escritório do presidente”

O ministro também falou sobre a importância da Lava Jato e disse que soube do dossiê sobre pessoas envolvidas nos movimentos antifascistas pela imprensa

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2020 22h22 - Atualizado em 31/07/2020 22h34
Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo Ministro de Estado discursa publicamente André Mendonça é o atual ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, André Mendonça, disse nesta sexta-feira, 31, em entrevista ao programa Pingos nos Is, da Jovem Pan, que não concorda com as críticas feitas à pasta sobre atuar como um “escritório de advocacia” do presidente Jair Bolsonaro. “Se houver alguma divulgação em que o presidente se sinta vítima de injúria, difamação, calúnia, ele tem o direito de se sentir ofendido”, disse o ministro. Segundo ele, a Lei de Segurança Nacional compete ao Ministério da Justiça a requisição da apuração dos fatos. O ministro ainda disse que recebe com “naturalidade” este tipo de crítica.

Mendonça também comentou as críticas de Augusto Aras à Lava Jato e disse que a operação foi um “marco histórico da sociedade brasileira” e que os “eventuais equívocos” da operação não podem desqualificá-la. “A Lava Jato trouxe à luz uma corrupção sistêmica, e esses sim são os verdadeiros atos antidemocráticos praticados contra a sociedade brasileira. Nós estamos buscando a construção do estado democrático de direito e também temos que avaliar eventuais ajustes que podem ser feitos. Se erros ocorrem, precisam ser sanados”, concluiu.

Recentemente, foi divulgado um dossiê sobre pessoas supostamente envolvidas no movimento antifascista. A respeito deste documento, o ministro informou que soube de existência dele por meio da imprensa e disse que, por questões de sigilo, não pode negar nem confirmar a existência de um relatório, mas garantiu que não há investigação contra qualquer pessoa possivelmente envolvida com os antifas. Ainda de acordo com Mendonça, “é de rotina que se produzam relatórios para se prevenir situações que gerem até insegurança para as pessoas, com potenciais de conflito, de depredação, de violência contra o patrimônio público”.

Assista à entrevista de André Mendonça:

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