Augusto: ‘Contradições deixam claro que álibi de Michelle não se sustenta’
Primeira-dama recebeu um total R$ 72 mil em depósitos do ex-assessor Fabrício Queiroz; conta começou a ser abastecida em 2011, e pelo menos 21 cheques foram depositados até 2018
O comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, disse nesta sexta-feira, 7, que as contradições no caso da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que recebeu um total R$ 72 mil em depósitos do ex-assessor Fabrício Queiroz, “ficam evidentes que o álibi não se sustenta”. Jair Bolsonaro justificou que os valores se tratavam de um pagamento de empréstimo, mas os novos extratos mostram que a conta da primeira-dama começou a ser abastecida em 2011, e pelo menos 21 cheques foram depositados até 2018. “Os advogados estão trabalhando muito mal, o ideal será admitir o que fez, mas optaram por outro caminho. Estão usando uma história para justificar a outra e aí acabam apresentando versões diferentes”, afirmou Augusto.
Ele citou o caso do Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que reconheceu que recebeu R$ 300 mil em caixa 2 da empresa que controla o grupo JBS nas campanhas de 2012 e 2014 e se comprometeu a pagar multa de R$ 189 mil para encerrar a ação. “Melhor seria fazer que nem o Onyx, peguei dinheiro que não devia, é ilegal, devolvo e pronto. Pago a mea culpa e espero que isso não aconteça mais”, disse Augusto.
O também comentarista do programa, José Maria Trindade, ressaltou que a relação de Queiroz, antes mais restrita ao senador Flávio Bolsonaro — de quem era assessor e com quem estaria envolvido em um suposto caso de rachadinhas — se estendeu para o resto da família. “Essa relação do Queiroz não é mais com o Flávio, mostra que é com a família Bolsonaro. A estratégia nova de defesa é admitir que ‘não’ e seguir em frente tentando controlar tudo isso. Reforça pensamentos no Congresso que as investigações vão a outros familiares de Bolsonaro. Não dá para deixar Bolsonaro, eleito como foi, com investigações pairando sobre a sua honestidade”, afirmou.
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