Augusto Nunes defende punição a Pazuello ‘para não dar a oportunidade que a oposição espera’

Comentarista analisou que o Exército deveria dar ‘pelo menos uma advertência’ ao ex-ministro da Saúde; ‘Ele não se incomodaria com a eventual punição’, disse

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2021 20h28 - Atualizado em 03/06/2021 20h36
EFE / Fabio Motta Eduardo Pazuello imagem de perfil Exército Brasileiro anunciou nesta quinta-feira, 3, que não vai punir o general Eduardo Pazuello pela participação em uma manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro

O Exército Brasileiro anunciou nesta quinta-feira, 3, que não vai punir o general Eduardo Pazuello pela participação em uma manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O evento político aconteceu no último dia 23 no Rio de Janeiro. Para a corporação, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar” por parte de Pazuello. O ex-ministro da Saúde tornou-se alvo de inquérito porque ainda é um general da ativa e, segundo o Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas, militares da ativa são proibidos de fazerem manifestações políticas em público. Com a decisão desta tarde, o processo disciplinar contra Pazuello foi arquivado. O comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, defendeu que o general deveria receber uma punição do Exército.

“Pazuello deveria ser punido com, pelo menos, uma advertência. Isso porque o Exército é bastante profissional, é bom que seja, e não gosta da violação de regras muito caras aos quartéis. Quando general Mourão estava na ativa, decidiu se posicionar politicamente e foi afastado da corporação. Na época, até perguntei se havia ficado triste, mas ele disse: ‘Não, fiz as declarações sabendo que seria punido pois eu não poderia fazer o pronunciamento político estando na ativa. Mesmo sabendo da punição, quis fazer para deixar claro meu desconforto’. Então, Pazuello não se incomodaria com uma eventual punição, eles sabem ao que estão sujeitos. Eu faria isso para não dar à oposição a oportunidade que espera para dizer que Bolsonaro está mantendo generais golpistas por perto, imunes a punições – o que é uma bobagem imensa”, disse. Além disso, o comentarista prosseguiu analisando que o Exército precisa seguir firme para “guardar a lei e a ordem”. “O Exército é profissional, vai defender a democracia ameaçada pela oposição que só pensa em transformar o Brasil em uma Venezuela tamanho família. É bom que o Exército guarde a lei e a ordem, o PT não gosta disso. Eu não acho bom não fazer nada do que as normas militares preveem”, concluiu.

Assista ao programa na íntegra:

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