Augusto Nunes diz que ‘Brasil não pode se curvar à China’: ‘Precisam mais de nós do que nós deles’
Eduardo Bolsonaro fez uma publicação acusando o país asiático de espionagem; ‘chineses transformam em um problema internacional o que poderia ser uma opinião’, afirmou o comentarista
Nesta terça-feira, 24, o filho de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro publicou uma mensagem no Twitter que gerou mal estar diplomático com a China. Apesar de ter sido apagada logo em seguida, o país asiático reagiu com um comunicado, afirmando que o parlamentar tem feito “acusações infames e infundadas” contra a China, o chamando de “inimigo da liberdade” e falando sobre violações de informações privadas. Na rede social, Eduardo, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, anunciou que o Brasil assinou a aliança Clean Network, programa da administração de Donald Trump, e afirmou que o país buscava um 5G “sem a espionagem da China” com essa adesão. Para o comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, “o Brasil não pode se curvar à China”.
“Se o presidente Bolsonaro tivesse o cinismo dos chineses poderia argumentar que discorda, que ele fez uma declaração e é deputado. Os chineses transformam em um problema internacional o que poderia ser uma opinião”, afirmou Augusto. “Os diplomatas sussurram que as nações não tem amigos, têm interesses. Mas há interesse em preservar a altivez, e o Brasil não pode se curvar à China. A China precisa mais do Brasil do que o Brasil da China. Você não pode se curvar a nenhuma nação por interesses comerciais”, continuou. O comentarista disse, ainda, que “não é só o Brasil que desconfia da China”. “Se todas as vacinas estivessem disponíveis, você tomaria a da China? Desconfiamos que nem de alguns produtos paraguaios. Os chineses estão longe de alcançar a excelência de outros países, mesmo na tecnologia. Então não podem bancar os donos de um País que não pertencem a eles”, destacou.
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