‘Existe uma evidente decisão política em algumas redes sociais’, diz Allan dos Santos
Em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, criador do portal Terça Livre comentou decisão da Justiça que obrigou o YouTube a recolocar o canal de direita no ar
Nesta sexta-feira, 12, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que o YouTube Brasil devolva os dois canais do portal Terça Livre na plataforma, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Entrevistado pelos colunistas de Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, para comentar a decisão, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos afirmou que há “uma evidente decisão política” na decisão de algumas redes sociais sobre quais conteúdos devem ser banidos. Os canais foram encerrados na terça-feira, 3. Ao tentar acessar a página, a mensagem “Página indisponível. Lamentamos o transtorno. Tente pesquisar algo diferente” era exibida.
“O que é visível é que uns podem e outros não podem [se manifestar] no mesmo objeto de discussão. Todo mundo acompanhou, em 2016, a Nancy Pelosi [presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos] falando em fraude eleitoral. Ela não foi chamada de terrorista e as contas dela não foram suspensas. Quatro anos depois [quando Donald Trump fez o mesmo], é crime, não pode. Em 2014, no Brasil, tínhamos pedidos de investigação sobre a eleição [entre Dilma e Aécio]. A população ficou querendo saber o que aconteceu. Não pode existir a dialética de um discurso só. Só pode ter debate de ideias de um único lado. Você pode discutir se você é do PCO, do PSOL, do PCdoB ou do PT, mas não pode discutir se quer ser da direita conservadora, liberal conservadora. Não tem outro espectro, ele tem que ficar calado enquanto o outro espectro discute o que quiser. O contrato do usuário com YouTube não diz o que você pode falar ou não. Existe uma evidente decisão política em algumas redes sociais”, afirmou.
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