Augusto Nunes: ‘Por que os governos estaduais não criam seus próprios auxílios emergenciais?’

Comentarista de Os Pingos nos Is defendeu que governadores que adotaram medidas de isolamento social contribuam com o pagamento de nova rodada do benefício

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2021 19h39 - Atualizado em 12/02/2021 21h11
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Youtube/Os Pingos nos Is Augusto Nunes: homem branco, com cabelos brancos, de camisa e paletó preto Youtube/Os Pingos nos Is

O presidente Jair Bolsonaro sugeriu, nesta sexta-feira, 12, que a população cobrasse o pagamento de uma nova rodada de auxílio emergencial dos governadores que adotaram medidas de combate ao novo coronavírus. “Nós botamos [auxílio] por cinco meses de R$ 600 e quatro de R$ 300. E quando termina, dão porrada em mim. Cobra de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com seu emprego. Cobre dos governadores, os governadores podem dar auxílio para vocês, eles podem se endividar também, porque o governo [federal] está se endividando”, afirmou, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. Para Augusto Nunes, comentarista do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, a sugestão é legítima.

“Todas as despesas são pagas por nós, pagadores de impostos. Temos que saber de onde vem esse dinheiro para que a gente não comece a financiar os gastos extras com dinheiro que não temos. Está certíssima a sugestão do presidente. Por que alguns governos estaduais, sobretudo os que impedem atividades essenciais, não criam seus próprios auxílios emergenciais? São Paulo está com bom dinheiro em caixa, dinheiro em caixa mesmo em um ano como este. Por que não usa isto no auxilio emergencial? Por que não cria o próprio benefício? Por que o governo federal só é chamado na hora de pagar a conta? Ele não pode interferir em nada: se determinar que as aulas têm que ser retomadas, não pode, porque os governos não topam nada. Em São Paulo, os números de casos e de óbitos não mudaram desde o início da quarentena. E aí? Vamos continuar com essa fase vermelha até quando?”, questionou.

O comentarista da Jovem Pan também defendeu que o funcionalismo público “corte na carne”, para que haja recursos suficientes para o custeio do auxílio emergencial. “Por não se usa o dinheiro do fundo partidário? É ano de pandemia. Suspendam as atividades partidárias e deem esse dinheiro para o auxílio emergencial. Senão, vai sobrar para gente. Dinheiro existe. Pega dinheiro de quem roubou no Covidão. Façam como a Lava Jato, que recuperou bilhões. Achei muito boa a reunião, enfim pacífica, com a saída de Maia, entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro Paulo Guedes. Eles têm que discutir cortar na carne. Os trabalhadores da iniciativa privada tiveram seus salários reduzidos. Os deputados não vão fazer nenhum esforço de guerra para colaborar com o auxílio? Por que não reduzem as verbas, que passam de 100 mil por cabeça, mensalmente, e entregam para esse fundo que será distribuído? Tem dinheiro, o que falta é vergonha na cara dos beneficiários”, acrescentou.

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