‘Supremo é a lata de lixo da esquerda brasileira’, diz Roberto Jefferson

Deputado teve a conta no Twitter suspensa por ordem do ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira; ação faz parte do inquérito das fake news

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2020 18h51 - Atualizado em 24/07/2020 19h43
Mário Agra/PTB Nacional Homem de terno e óculos Roberto Jefferson usou a conta da filha, Cristiane Brasil

O deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse em entrevista exclusiva ao Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, nesta sexta-feira (24) que reage “com serenidade” diante da suspensão de sua conta no Twitter após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Jefferson, Bernardo Küster, o empresário Luciano Hang, o blogueiro Allan dos Santos entre outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro também foram atingidos pela medida. “Reajo com serenidade, vindo dele não poderia ser diferente. Esse Supremo é a lata de lixo da esquerda brasileira e o pior deles é o ministro Alexandre de Moraes”, disse o parlamentar.

Em maio, ele já havia sido alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) no mesmo inquérito, que tramita em sigilo no Supremo. “Eles violam a livre expressão do pensamento com censuro. Eles estão enganados. Eu não vejo autoridade moral nesses caras”, disse Jefferson. Outro alvo de bloqueio do Twitter e também do Facebook, o jornalista Bernardo Küster falou com exclusividade ao Os Pingos Nos Is e afirmou que a medida cumprida nesta sexta é “desesperada”. “No meu entendimento é uma medida desesperado. Quando um opositor precisa usar várias aramas contra um inimigo significa que ele está fragilizado”, disse. Segundo ele, seus advogados já ingressaram com uma reclamação no STF sobre o que classificou como “censura” – o ministro Dias Toffoli deve analisar o tema. “Não sei quais são as acusações levantadas contra mim, e nós só tivemos acesso a uma pequena parte do processo”, disse Küster.

Ele também foi alvo de busca e apreensão da PF em maio e afirmou que até o momento não recebeu seu computador de volta. “O próprio procurador-geral da República já se manifestou contrário. À princípio, achei que fosse o chamamos de shadowban, mas temos logo percebi que se tratava de ação judicial”, relatou. Em nota enviada à Jovem Pan, a assessoria do Supremo confirmou que se tratava do cumprimento da decisão do ministro Alexandre de Moraes proferida em 27 de maio, que determinou o bloqueio das redes sociais para 16 investigados no inquérito aberto pela própria Corte para apuração de disseminação de informações falsas e ameaças contra ministros.

 

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