Após ser alvo da PF, Roberto Jefferson diz que não tem computador e celular não estava em casa

O ex-deputado federal foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (27) em inquérito do Supremo que apura a disseminação de fake news

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2020 19h27 - Atualizado em 27/05/2020 20h17
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Roberto Jefferson, homem mais velho, de óculos e cabelos curtos grisalhos, fala em microfone. Usa terno azul-escuro e gravata amarela. Roberto Jefferson

O ex-deputado federal e presidente do PTB Roberto Jefferson afirmou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, que agentes da Polícia Federal (PF) apareceram em sua casa em Comendador Levy Gasparian, município do Rio de Janeiro, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (27) para cumprir mandados de busca e apreensão, mas não levaram nada.

Jefferson foi alvo de operação da PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito sigiloso que apura a disseminação de fake news. Segundo o ex-deputado, ele não estava com seu celular e também não tem computador.

“Eu não tinha nada que eles pudessem levar. O meu celular não estava em casa porque ontem visitei minha sogra e esqueci meu celular na casa dela. E não tenho computador em casa. As armas que tenho são duas de pequenos porte e são registradas, portanto não levaram. Eles estiveram aqui, revistaram tudo, mas não levaram nada”, disse.

Além de Jefferson, deputados federais e estaduais, ativistas e empresários também foram alvo da operação nesta quarta. Ao comentar a operação, o ex-deputado afirmou que se trata de uma “ação intimidatória” de Moraes.

“Entraram na minha casa e revistaram tudo. Foi censura o que Moraes quis fazer. Ele rasgou a toga e me botou uma mordaça, mas comigo o buraco é mais embaixo. Já estou com 67 anos e vou enfrentá-lo de igual para igual.”

Mais cedo, o presidente do PTB comparou o Supremo com o “tribunal do Reich”, da Alemanha nazista.

Na decisão que autorizou os mandados, Moraes citou a existência do “gabinete do ódio” e que empresários financiaram fake news.

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