‘Bolsonaro é populista, mas o populismo em si não é ruim’, diz Luiz Phillipe de Orléans e Bragança
Em entrevista ao Pânico, deputado federal afirmou que é ‘extremamente favorável a um momento populista’ para reformar o sistema político e ‘não entregar o Brasil nas mãos do Centrão’
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 14, o deputado federal Luiz Phillipe de Orléans e Bragança (PSL) revelou que, por pouco, não se lançou candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais deste ano. “Nunca tive a ambição de me concorrer à Prefeitura de São Paulo, mas várias pessoas pediram para que eu saísse candidato, então me coloquei à disposição do partido. Neste momento, percebi que o circo já estava armado, os partidos haviam escolhido suas opções eleitorais e fechado o círculo em torno dos candidatos que iriam apoiar. Assim, foi decidido que eu não teria espaço para sair candidato pelo PSL“. Para a disputa municipal, a sigla lançou o nome de Joice Hasselmann, que alcançou apenas 1,84% do eleitorado, o equivalente à 98.342 votos válidos. “Tenho indícios de que eu faria um pleito bem superior ao de Joice Hasselmann. No entanto, o partido a escolheu por conta da lealdade partidária e porque ela possuía o apoio de coligações já formadas”, disse.
Apesar de frustradas suas expectativas de candidatura à Prefeitura, Luiz Phillipe de Orléans e Bragança (PSL) ainda não traça planos políticos concretos para um futuro fora da Câmara dos Deputados. Questionado se aceitaria compor a chapa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas disputas presidenciais de 2022, o deputado afirmou que sim. “Nunca me foi colocada essa possibilidade, mas se isso ajudasse o presidente, eu aceitaria sim. Ele tem ótimas candidaturas a vice, possui mais opções do que antes. Quero que ele faça um bom governo, quero que dê certo”. O parlamentar classifica o atual governo como populista, mas destaca pontos positivos da denominação. “Bolsonaro é populista, mas o populismo em si não é ruim se vem para reformar e mudar o sistema político. Se a intenção é torná-lo mais representativo, aberto, fazer com que a economia brasileira seja de primeiro mundo e reinserir o país no cenário internacional, sou extremamente favorável a um momento populista. Não podemos entregar o Brasil, mais uma vez, nas mãos da máquina, do Centrão. Temos que fazer o governo popular dar certo”.
Com opiniões fortes e polêmicas, o descendente da família imperial brasileira voltou a criticar o regime de governo em vigor no país. “Perdemos muito com a instauração da República em 1889. Houve desestabilização fiscal, hiperinflação, mortes, guerras e uma série de consequências que nunca são contadas. Éramos respeitados como Brasil Império, tínhamos um poder estável, um modelo reconhecido e legítimo. Pode-se dizer que estávamos ao lado dos Estados Unidos na questão do desenvolvimento político. No Brasil, nunca existiu uma motivação republicana, a República foi instaurada por um golpe militar. No entanto, a realidade foi sufocada pelas autoridades republicanas que deram o golpe e pelo movimento marxista“, concluiu.
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