Delegado-Geral diz que polícia de SP negocia com Israel para inovação tecnológica: ‘Carta branca para investir’
‘Nossa bandeira é a valorização financeira, o plano de carreira e a saúde mental do policial’, disse Artur Dian em entrevista ao Pânico
Nesta terça-feira, 13, o programa Pânico recebeu os delegados Osvaldo Nico e o Artur Dian. Em entrevista, o segundo, que atua como delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, afirmou que a Segurança Pública paulista promete inovar com recursos no governo de Tarcísio de Freitas. “Estamos fazendo reposição, em termos materiais nem se fala: temos carta branca para investir na polícia e, mais do que isso, no policial. Nossa bandeira é a valorização financeira, plano de carreira e saúde mental do policial. Essas são as prioridades”, definiu. Ele também afirmou que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo tem buscado se aproximar de Israel para inovação tecnológica na área. “Estamos comprando armamento e viatura, buscando tecnologia não só no país, mas no exterior. Estivemos em Israel com o [secretário Guilherme] Derrite. Nosso pessoal é extremamente competente, tanto da Polícia Civil, quanto Militar. A gente vai buscar a troca para trazer equipamentos e informações, aprendemos com técnicas não usuais no Brasil. E vamos buscar lá fora. Em técnica e tática nosso pessoal é excelente”, acrescentou.
O delegado Nico concordou com o colega e pontuou que a atual gestão se destaca por trazer nomes que fizeram parte da polícia para os cargos de coordenação do governo. “A polícia tem que ser dirigida por policiais, por gente que entende de polícia. Se eu estou lá há 43 anos — sou o mais velho deles —, sei o que é, estou vivendo. Estou lá desde sempre, sei quais são os melhores nomes sem influência nenhuma”, opinou. Nico afirma que os resultados das datas comemorativas em São Paulo neste ano são um resultado do trabalho em conjunto. “Nunca tivemos um resultado tão bom quanto na Virada Cultural. Ficamos quase 24 horas e não teve quase nada para falar [sobre ocorrências policiais] da Virada Cultural. Tem gente de todos os cantos no Centro, esperavam que ia ter [problemas]. As polícias de São Paulo mandaram bem, não teve fofoca, briga e nem nada. Foram 11 arenas, fizemos policiamento nas 11. Tudo monitorado, colocamos torres com drones. A gente vai continuar assim, aprendendo e fazendo junto”, disse.
Os policiais deram suas opiniões sobre o uso de câmeras na farda dos profissionais em exercício. Nico argumenta que as captações são importantes para algumas categorias, e Artur afirmou que a gestão Tarcísio deve utilizar a ferramenta de outras formas, com auxílio para investigações. “Alguns segmentos da polícia têm que ter [a câmera]. O pessoal do trânsito tem que ter, mas na operação eu sou contrário. O pessoal fica preocupado, a decisão do policial é questão de segundos, você não vai saber. Eu acho que, em determinados grupos, não teria que ter”, expôs Osvaldo Nico. “O governador Tarcísio falou em rever, dar novos atributos e novas tecnologias. Milhares de veículos passam por policial de patrulhamento. Essa câmera com reconhecimento de placa, por exemplo, seria prudente. A mesma coisa para reconhecimento facial, ela tem várias funcionalidades. É uma reorganização do que a câmera pode fazer e como ela pode nos auxiliar”, concluiu.
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