‘É muito cedo para falar de campanha 2022’, diz João Doria sobre candidatura à presidência
Governador de São Paulo participou do programa Pânico nesta terça-feira, 18
Nesta terça-feira, 18, o governador de São Paulo João Doria participou do programa Pânico e comentou sobre uma possível candidatura para a presidência em 2022. “Perguntem para o Bolsonaro ‘o que você acha disso’?”, disse aos risos. “É muito cedo para falar de campanha 2022, estamos em meio a pior pandemia do país. Todos nós precisamos estar focados na saúde. Temos ciência de prioridade e a prioridade agora é a vida, não a política”, completou. Eleito em 2018 com a parceria ‘BolsoDória’, o governador disse que se decepcionou com o presidente no início de seu mandato e explicou os motivos de seu afastamento da aliança. “Eu fiz uma campanha anti-PT e nos elegemos em primeiro turno em 2016 em São Paulo, não havia a menor condição apoiar o PT em 2018. O Bolsonaro apresentava um projeto liberal e eu sou liberal, ele apresentava plataformas muito próximas do que acreditei e fiz o meu voto, mas três meses depois percebi que o presidente caminhava por outras linhas e outras propostas. Lá atrás eu tomei a decisão de me afastar”, disse.
Sobre a nova fase de Jair Bolsonaro, o governador disse estar contente com a nova posição. “O tema do impeachment é do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado. Esse período mais quieto deixa o Brasil mais calmo. É melhor para o Brasil, presidente mais quieto, menos criador de situações indesejáveis. Eu torço pelo bem do Brasil e para salvarmos vidas”, disse. Participando do programa, o jornalista Vitor Brown questionou Doria sobre um suposto telefone dele para o ministro da economia, Paulo Guedes, para que ele deixasse o governo Bolsonaro.
Sobre isso, ele respondeu. “Aquela situação foi divulgada sem base na verdade. Tenho uma grande amizade com Paulo Guedes, são 35 anos de relação. As vezes não concordo com todas as posições dele, mas tenho respeito por ele. Nesse momento ele é muito importante, é o garantidor do teto de gastos, se não fosse o Paulo segurando e determinando, provavelmente o presidente já teria rompido esse teto de gastos”, comentou. Dória ainda explicou sobre a posição do ‘novo PSDB’. “O novo PSDB tem uma posição mais central, que sabe dialogar com a direita e esquerda e quer distância dos extremos. Os extremistas não querem debater e nós queremos debater posições”, finalizou.
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