Eleições 2020: ‘São Paulo não tem prefeito’, diz Márcio França
Em entrevista ao programa Pânico, o candidato à Prefeitura de São Paulo revelou ter se sentido ‘convocado’ para participar das eleições
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Márcio França (PSB), revelou em entrevista ao programa Pânico nesta quinta-feira, 22, que decidiu participar das eleições após se sentir “convocado”. “Durante a disputa pelo governo de São Paulo em 2018, João Doria (PSDB) se agarrou ao presidente Jair Bolsonaro e fez tudo o que estava ao seu alcance para se eleger. Mesmo assim, na capital do estado ganhamos dele com a diferença de quase 1 milhão de votos e isso me animou a disputar a Prefeitura. Na verdade, me senti convocado para concorrer porque, se o atual candidato Bruno Covas (PSDB) ganhar a Prefeitura, na minha visão, levará Doria para o segundo turno das eleições presidenciais em 2022. Uma candidatura forte, capaz de enfrentá-los aqui em São Paulo, é a única maneira de impedi-los”, afirmou.
Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, Márcio França ocupa atualmente a quarta posição na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 7% das intenções de voto, estando atrás de Celso Russomanno (Republicanos) com 25%, Bruno Covas (PSDB) com 22% e Guilherme Boulos (PSOL) com 10%. Durante a entrevista, o candidato criticou a atual administração municipal e apontou suas soluções para os problemas da cidade. “São Paulo não tem prefeito. Covas é um bom rapaz, mas as circunstâncias não o favorecem, falta pulso. Existe um governador que se mete em tudo, não o deixa trabalhar e há um grupo de 40 vereadores que comanda a prefeitura, ela está 100% nas mãos deles. Por exemplo, a má gestão na pandemia afetou todos os moradores da cidade, ou contaminou a saúde das pessoas ou suas vidas financeiras. No próximo ano, cairemos em uma tragédia com o corte do auxílio emergencial.” Para solucionar a situação, França afirma que formará uma frente de trabalho para recolocar os cidadãos no mercado. Neste projeto, 150 mil pessoas serão empregadas para trabalhar durante três dias na semana recebendo R$ 600.
O político, que ganhou projeção nacional ao assumir o Palácio dos Bandeirantes em 2018, lembrou sua carreira ressaltando que “não sente vergonha nenhuma” das ações que tomou durante toda a sua vida pública e que, por isso, é o mais preparado para sentar-se na cadeira de prefeito, “diferente dos outros candidatos”, como aponta. Além de afirmar que Covas não teria “pulso firme”, França disse que Boulos “seria um prato muito fácil para o segundo turno” e classificou os demais candidatos como “café com leite”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.