Feliciano afirma que julgamento para tornar Bolsonaro inelegível pode transformá-lo em ‘mártir vivo’
Em entrevista ao Pânico, parlamentar diz ter o sentimento de que ex-presidente tem 90% de chance de perder os direitos políticos
Nesta segunda-feira, 19, o programa Pânico recebeu o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP). Em entrevista, ele opinou sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível e a cassação de Deltan Dallagnol. “Toda a situação que foi criada, eles precisam criar exemplos que têm que ser carimbados para que ninguém siga mais aqueles exemplos. Corre o risco de transformar em modelo, tudo depende, a mente do povo você não sabe como é”, disse. “Hoje pela manhã ele [Jair Bolsonaro] me ligou, estive na semana passada com ele, nosso sentimento é que 90% aponta para ele ser inelegível. Se amputar Bolsonaro, acho que eles não deveriam fazer isso nesse momento. Ano que vem temos eleições, nossa intenção é fazer pelo menos mil das mais de 5.000 prefeituras. Imagina se deixa ele inelegível? Vão transformar ele em um mártir vivo, vamos fazer 2.000 prefeituras ou mais. Eles estão acelerando para cassarem e deixarem inelegível, porque aí tira do páreo o Bolsonaro. Vamos ver a reação do povo, como o povo vai absorver isso”, acrescentou.
Feliciano avaliou que o governo de Jair Bolsonaro foi o primeiro governo de direita, de fato, após a redemocratização do Brasil. Ele fez comparações entre o PT e o PSDB e opinou sobre Fernando Henrique Cardoso. “Só tivemos um governo com proposta de direita, que foi o Bolsonaro. Trinta anos de esquerda com nosso país cooptado, estenderam as garras deles para todos os lados, tivemos uma revolução cultural pelas universidades”, afirmou. “Tudo isso de cabeça pensada. Fernando Henrique e Lula são irmãos siameses, PT e PSDB são irmãos, nasceram juntos, o mesmo pensamento. A diferença é que o PSDB seria o pessoal de esquerda com anel de formatura, é a esquerda caviar. Fernando Henrique já ficou bravo em entrevista quando disseram que ele era de direita. Se nós nunca tivemos direita, então nunca tivemos alternância de poder”, concluiu.
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