Frota critica Secretaria da Cultura e chama Frias de ‘bolsonaristazinho’: ‘Se apegou ao poder’
Em entrevista ao Pânico, deputado federal falou sobre as eleições de 2022 e seu rompimento com o governo federal
Nesta terça-feira, 1, o programa Pânico recebeu o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP). Crítico à Secretaria da Cultura, ele afirmou estar descontente com a gestão Mario Frias na pasta. “Acho que o Mario Frias poderia estar fazendo muito mais se ele não tivesse ficado tão preso à questão ideológica e radical. É uma pasta importante, o Brasil precisa do apoio do governo e do estado na questão cultural. Tivemos problemas com a Lei Rouanet na gestão Lula e Dilma e estamos tendo na gestão Bolsonaro também. A cultura praticamente estagnou no país, não só pela pandemia. Falta de atendimento, falta de carinho com os artistas. Virou uma guerra ideológica. Pouco investimento”, disse. “O que mais me deixa chateado é o Mario Frias, conheço ele há muitos anos, ele não era assim. Ficou um bolsonaristazinho, se apegou ao poder. Ninguém está pedindo para o governo financiar, mas ajudar e desembaraçar os problemas que foram prometidos por ele”, completou.
Cotado para disputar um cargo de deputado estadual de São Paulo nas eleições de 2022, Frota também comentou sobre suas experiência na vida pública. “Quando você não faz parte do sistema, que é o meu caso: eu não faço… Não estou em lista de propina e orçamento secreto, meus votos são sempre pelo país e pela democracia. Estou sempre do lado que perde ali. Para mim, tem que ser aberto e transparente. Eu vi que lá era um sistema, eu já sabia, sabia que a p****** era assim, mas tinha uma promessa que as coisas iam melhorar e ser diferentes, principalmente na área da cultura”, disse. Frota também elogiou o governo de João Doria no Estado paulista. “Ninguém pode falar que é um governo que não trabalha. Tem problema, tem erros e críticas? Tem, mas a gente precisa entender que não é uma pessoa que fica de braços cruzados.”
Ex-aliado de Jair Bolsonaro, Frota relembrou suas discussões com a base do governo e negou ter traído o presidente. “Eu saí do bolsonarismo quando ainda tinha 60%, eu apanhei muito. Já apanhei da esquerda, apanhei da direita radical ideológica, fui ameaçado e tentaram colocar essa pecha de traíra em mim. Queria saber qual foi a traição que fiz com o Bolsonaro. Ninguém, nem esses ideológicos bolsonaristas, conseguem falar para mim o que eu fiz. Fiquei seis meses fora das redes sociais, voltei em 2020.”
Confira na íntegra a entrevista com Alexandre Frota:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.