Leandro Narloch debate diferenças entre opção e orientação sexual: ‘Discutir isso não é crime’

O jornalista participou do Pânico nesta segunda-feira (20) e falou sobre a polêmica que culminou em sua demissão de uma emissora de TV

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2020 14h20 - Atualizado em 20/07/2020 14h52
Jovem Pan Leandro Narloch participou do Pânico nesta segunda-feira (20)

O jornalista Leandro Narloch defendeu, em entrevista ao Pânico nesta segunda-feira (20), que é necessário haver um debate entre orientação e opção sexual. “Em alguns casos, pode ser opção. Discutir isso não é crime. É um crime de pensamento a gente discutir se existe um termo X ou Y?”, disse. Narloch foi demitido da CNN Brasil após um comentário citando a “promiscuidade” de homossexuais. A fala foi encarada como preconceituosa. Ele admitiu que usou o termo errado. “Não tenho problema em reconhecer erro”, afirmou.

O escritor continuou dizendo que há situações em que as pessoas fazem opção sexual e disse ter sido “apedrejado” por ter usado o termo. Apesar disso, ele afirmou concordar que a “maior parte dos gays” não escolheram a sexualidade. “Lembro que no colégio tinha um garoto que era gay, mas lutava todo dia contra isso. Ali não foi opção”, exemplificou. Entre as críticas que recebeu pelo comentário na TV, muita gente atentou ao fato de que Narloch não tinha lugar de fala para comentar o assunto. “Lugar de fala é fascismo identitário, justificação para calar as pessoas”, afirmou.

Já fora da CNN, Leandro Narloch disse não lamentar ter perdido o emprego. Ele acredita ter sido demitido por causa das pressões dos grupos que defendem a causa homossexual. “Os diretores [da emissora] são bombeiros que ficam apagando incêndio o dia todo, o problema foi a pressão dos movimentos”, afirmou. “Eles [a emissora] poderiam ter me dado espaço para me explicar”, lamentou Narloch. Agora, o jornalista investe em outros projetos. Um deles é um curso para debater tabus da sociedade, incluindo a questão de orientação e opção sexual.

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