Leandro Narloch rebate polêmica envolvendo racismo: ‘Voltou a ideia de que a cor da pele importa’

Em entrevista ao Pânico, jornalista comentou sobre a repercussão de texto sobre escravidão e apostou na pré-candidatura de Eduardo Leite para 2022: ‘É o fator novidade do PSDB’

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2021 16h06
Reprodução/Pânico Leandro Narloch fala no microfone do programa Pânico O jornalista e escritor Leandro Narloch foi o convidado do programa Pânico desta quarta-feira, 29

Nesta quarta-feira, 29, o programa Pânico recebeu o jornalista e escritor Leandro Narloch. Em entrevista, ele comentou sobre o cancelamento em redes sociais, após ter sido criticado por sua mais recente coluna publicada no jornal Folha de S. Paulo, ao abordar a escravidão. “Me chamaram de racista, mas muitos historiadores e ativistas se referem a índios e negros na voz passivas, são humilhados, explorados e escravizados. Isso acaba tirando o protagonismo do negro na história. (…) É o que acontece, a benevolência com quem você gosta é grande, mas qualquer coisa que quem não gosta fizer, é motivo para cancelamento. Tem até um linguista americano, John McWhorter, que inclusive é negro, que diz que os antirracistas, os ativistas mais radicais são os novos racistas, porque voltaram com a ideia de que raça é importante, de que tenho que dar direitos especiais dependendo da cor dessa pessoa. A Lilia Schwarcz, ano passado, criticou um clipe da Beyoncé e a cantora Iza reclamou como pode uma mulher branca criticar o clipe de uma mulher negra. Agora o direito de uma pessoa criticar uma obra de arte depende da quantidade de melanina na pele? Volta a ideia de que a cor da sua pele importa. O Martin Luther King dizia que queria crescer num país onde a cor dos filhos não fosse importante. O que a gente vê hoje é que sempre há o personagem do bem. O homem branco heterossexual é do mal, as pessoas do bem são de alguma diversidade.”

Leandro Narloch também comentou sobre a terceira via e as prévias do PSDB para definir a aposta do partido nas eleições presidenciais de 2022. Segundo ele, a escolha ideal seria Eduardo Leite, pois o governador do Rio Grande do Sul traz um novo rosto aos tucanos. “A terceira via não vai conseguir, esses 30% vão se dividir. Eu não faço boas previsões políticas, achava que o Geraldo Alckmin ia bombar em 2018. Na Grécia em 2015 estava essa onda de polarização, rolou uma coalização entre extrema-esquerda e extrema-direita. Em 2019 o cara do centro ganhou na Grécia. O eleitor vai como pêndulo e de repente se cansa do petista, depois vai para o cara anti-establishment. Eu não descarto a possibilidade. Se eu fosse do PSDB, seria Eduardo Leite, obviamente. Ele não usa o fato de ser gay como bandeira. O Eduardo Leite é o fator novidade, o PSDB deveria apostar nele.”

Confira na íntegra a entrevista com Leandro Narloch:

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