Nikolas Ferreira provoca Kim Kataguiri e diz que MBL atua por um ‘projeto de poder’

Em entrevista ao Pânico nesta quarta-feira, o vereador de Belo Horizonte criticou superpedido de impeachment e aliança do MBL com partidos de esquerda

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2021 16h22
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Reprodução/Pânico Nikolas gesticula enquanto fala no microfone no estúdio do programa Pânico Nikolas Ferreira, vereador de Belo Horizonte, foi o convidado desta quarta-feira, 4, do programa Pânico

Nesta quarta-feira, 4, o programa Pânico recebeu Nikolas Ferreira (PRTB-MG), o segundo vereador com mais votos na história das eleições municipais de Belo Horizonte. Em entrevista, ele criticou Kim Kataguiri e o MBL, que recentemente se aliaram a partidos de esquerda num superpedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. “Às vezes o eleitor não sabe o nome de um projeto de lei, o que mexe com ele é o imaginário, a arte e cultura. A esquerda ganhou nesse aspecto. Se hoje as universidades estão dominadas é porque a esquerda tomou a base para depois tomar o poder. A gente foi o contrário, primeiro tomamos o poder lá de cima e estamos tendo esse problema na base. O Bolsonaro é o cara perfeito? Não é e eu sei disso, mas eu paro e penso que nosso inimigo em comum é a esquerda. Agora, quando você vê o Kim Kataguiri pedindo um super impeachment e se aliando ao PCdoB, você pensa, esses caras realmente estão preocupados com o país? Esses caras têm um projeto de poder. As redes sociais do Arthur do Val virou o Felipe Neto.”

Nikolas também opinou sobre as articulações de Bolsonaro com o Centrão e a nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil. Segundo o parlamentar, as alianças fazem parte da política e já eram desejadas há muito tempo por quem se diz oposição ao governo hoje. “A articulação e a governabilidade foi desejada por vocês muito antes. A articulação é necessária para não termos uma fantasia ideológica. Bolsonaro não está fazendo nada fora das quatro linhas da constituição. Se tem centro no Congresso é porque eles foram colocados lá pelo povo. O Bolsonaro responde pelo país, não pelo CPF dele.”

É esperado que, ainda nesta quinta-feira, 5, seja votada a PEC do voto auditável na Câmara. Sobre isso, o vereador mineiro afirmou que, caso a proposta seja reprovada, os eleitores ficarão inseguros em relação às eleições. “Eu não sei se o Bolsonaro vai tomar alguma atitude, mas o meu posicionamento é que a gente fica de mãos atadas ao poder. O próprio Barroso instaurou um inquérito, nunca vi isso numa Constituição. A regra do jogo é que a polícia investiga, o Ministério Público denuncia e o Judiciário julga, mas ele está usurpando dos poderes. Eu de fato não sei o que vai acontecer caso o voto impresso não passe, mas provavelmente vai gerar uma insegurança entre os eleitores e alguns candidatos.”

Confira na íntegra a entrevista com Nikolas Ferreira:

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